Cinco mil policiais de todo o Brasil compareceram à manifestação, convocada pela UPB (Fotos: Arnon Gonçalves/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Assim como ocorreu no dia 21 de maio, cerca de cinco mil operadores da Segurança Pública, de diversos estados brasileiros, vieram à Brasília para uma grande manifestação contra as injustiças da Reforma da Previdência. Convocados pelo Sinpol-DF, os policiais civis do Distrito Federal também participaram em peso do ato, que cobrava, principalmente, um tratamento isonômico ao que foi oferecido aos militares.

De forma unânime, as entidades que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB) – organizadora do protesto – entendem que, pela equivalência das funções, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019 deveria trazer critérios similares entre a aposentadoria dos militares e dos demais operadores de Segurança Pública.

Todas essas categorias, além do exercício de atividade de risco, não possuem direitos como hora extra, adicional noturno, FGTS, etc. Por isso, o foco da manifestação foi expor publicamente, e sobretudo aos integrantes da Comissão Especial que trata do tema na Câmara dos Deputados, que, se a PEC for aprovada com o texto atual, a aposentadoria do policial brasileiro se tornará a pior do mundo.

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“Aos operadores de Segurança Pública que são de fora”, colocou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, “sejam muito bem-vindos”. “Infelizmente, ninguém veio aqui a turismo, mas sim para travar essa luta pelos nossos direitos, pelos direitos das nossas família. Nós, que lutamos todos os dias em favor e na defesa da sociedade, temos sido esquecidos nesse processo da Reforma da Previdência”, afirmou.

Grupo se concentrou no gramado do Congresso Nacional

O presidente do sindicato também conclamou os policiais a se posicionaram de forma ativa nas redes sociais, sobretudo nesta terça, mas também ao longo dos próximos dias. “Vamos postar nos nossos perfis e comentar em todas as redes dos deputados que são membros da Comissão Especial e demais lideranças partidárias de cada um dos seus estados. Temos que nos fazer ouvir e vamos à luta até a vitória”, finalizou Gaúcho.

UNIÃO

De Roraima ao Rio Grande do Sul, do Mato Grosso à Bahia, caravanas de todas as regiões vieram à capital do país. Ao longo de toda a tarde, essas lideranças sindicais de inúmeros estados e diferentes categorias dividiram as falas com uma série de parlamentares que também estiveram presentes no ato, promovido na Alameda dos Estados, em frente ao Congresso Nacional.

Em geral, os presentes criticaram o fato de o governo ter sido eleito graças às bandeiras da Segurança Pública, mas, na sequência, ter virado às costas para os servidores da área – tanto ao enviar o texto da Reforma ao Congresso Nacional sem ouvir a categoria, como ao longo de toda a tramitação da proposta, que tem ocorrido sem diálogo.

Alex Galvão, dirigente do Sinpol-DF e da Cobrapol, destacou necessidade de regras próprias para previdência e pensão

Também representando o Sinpol-DF, enquanto diretor, e a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), da qual é vice-presidente, Alex Galvão destacou que os critérios diferenciados para aposentadorias não podem ser tidos como privilégios. Ele lembrou “em razão das peculiaridades da atividade e condições de trabalho desses profissionais, em todo o mundo, possuem regras próprias sobre previdência e pensão”.

“Os profissionais da Segurança Pública constituem um dos principais pilares que sustentam a nossa organização social e o Estado democrático de direito, imprescindíveis para a manutenção da ordem pública e da paz social e garantia da realização da justiça”, pontuou Alex, conforme nota da UPB.

Luta, agora, é pela aprovação do destaque à emenda na Comissão Especial

MOBILIZAÇÃO

A União dos Policiais do Brasil construiu o texto que foi apresentado pelo deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ) enquanto emenda (nº 8) para a PEC 06. Agora, a luta tem sido para que o destaque dessa emenda seja aprovado na Comissão Especial.

Em razão disso, os participantes da manifestação decidiram não levar o ato até o Congresso Nacional, a fim de não comprometer a busca de votos junto aos deputados.

Nós próximos dias, a UPB continuará trabalhando na articulação política junto aos parlamentares que atuam na Comissão Especial da reforma.

 

 

 

 

 

 

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