Da Diretoria Executiva

Na sabatina realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomercio) com os candidatos ao segundo turno do Governo do DF (GDF) na última terça, 16, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) voltou a repetir a fatídica estratégia de jogar as categorias de servidores públicos umas contra as outras.

Essa, inclusive, foi uma prática corriqueira dele dos últimos quatro anos, numa tentativa clara de dissimular um dos maiores fracassos da sua gestão: a falta de diálogo.

Como se isso não fosse suficiente, Rollemberg optou, ainda, por demonizar os servidores – o exemplo mais emblemático fica evidente com a maneira como ele lidou com a principal reivindicação da Polícia Civil do DF: para não dizer claramente que descumpriria a promessa de campanha, em 2014, de manter a paridade com a Polícia Federal, ele decidiu jogar os policiais militares contra os policiais civis.

É preciso deixar claro, mais uma vez, que a recomposição salarial dos policiais civis, reivindicada há quatro anos, já está defasada, uma vez que as perdas salariais da categoria já ultrapassam os 50% nos últimos nove anos. Isso porque enquanto todas as demais categorias do serviço público distrital já têm reajustes aprovados em lei – ainda que venha sendo, deliberadamente, descumprida pelo governador, pois ele preferiu dar um calote –, os policiais civis não tiveram qualquer ganho, justamente, por causa da paridade com a Polícia Federal.

Em outra menção à Polícia Civil durante a sabatina, o candidato classificou as operações policiais recentemente realizadas – Praia de Goa (Secretaria de Cultura), 12:26 (Casa Civil GDF), Trickster (DFTrans), Monopólio e Ápate (Administrações Regionais) – como operações “de sabotagem”. Não é assim que classificamos: essas são operações de uma polícia de estado, não de governo, que busca preservar o patrimônio público, investigando crimes contra a administração pública.

Reiteramos, mais uma vez, que esperamos do próximo governador a habilidade de dialogar com todas as categorias, ouvir as entidades sindicais e a sociedade e, principalmente, demonstre respeito àqueles que mantêm o pleno funcionamento do serviço público.

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