Sem respostas do GDF, a categoria vai cruzar os braços por 24horas. O sindicato segue alertando para as condições precárias da PCDF

Brasília, 22 de junho de 2015 – Os policiais civis decidiram por uma nova paralisação de 24 horas nesta terça-feira (23), a partir das 8h. A decisão unânime veio na assembleia promovida pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), que teve mais de 700 presentes.

O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, explica como funcionará a paralisação: “nas centrais apenas os flagrantes serão registrados. Nas outras delegacias, serão registradas apenas as ocorrências criminais. Assim, não serão registrados extravio de documentos e acidente de trânsito sem vítima. Estes podem ser registrados pela internet (http://delegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br/)”, disse.

O movimento desta terça-feira (23) terá adesão de delegacias e departamentos, como Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pelo trabalho de perícia, identificação criminal e produção de carteiras de identidade, por exemplo.

No Instituto de Identificação, que faz parte do DPT, haverá apenas a entrega dos documentos prontos, e novos atendimentos não serão realizados durante a paralisação de 24horas.

A categoria continua reivindicando melhores condições de trabalho, como o aumento do efetivo, a valorização da carreira e mudanças nas estruturas físicas das delegacias, normatização de remoções de servidores e do efetivo mínimo dos plantões. “Estamos abertos ao diálogo com o governo, mas esperamos por resultados práticos”, disse Franco.

Publicado no Diário Oficial do DF na última quinta-feira, 48 agentes foram nomeados, confirmando o anúncio feito pelo governador no início do mês. Entretanto, o número não supre a carência da instituição. “As delegacias seguem lotadas, a espera por atendimento pode chegar a três horas. Os investigadores estão sobrecarregados. São 3.000 vagas abertas e o déficit do quadro chega a quase 50%”, reforça o presidente.

Rodrigo Franco ainda explica que a doutrina da Academia de Polícia, que determina, por exemplo, o mínimo de três policiais na viatura para atendimento de ocorrência, não é cumprida por falta de efetivo e que muitos dos policiais são removidos de seus postos de trabalho sob critérios políticos e como forma de “punição branca”.

O sindicato já realizou diversos manifestos contra as remoções injustificadas e protocolou reclamações formais para o governo e para a direção da polícia. As próximas medidas incluem a provocação de uma audiência pública com os deputados distritais para discutir o assunto, e a normatização de um concurso que defina regras claras de remoção, para que os policiais não sejam transferidos à revelia e percam sua estabilidade profissional.

AGENTES DE CUSTÓDIA

O Sinpol aguarda o retorno de cerca de 200 agentes policiais de custódia para a Polícia Civil. No dia 29 de junho, encerra o prazo da Lei 13.064/14, a qual determina o retorno desses policiais para a PCDF até o momento o Governo de Brasília não garantiu o cumprimento da Lei. Há grande demanda destes servidores no âmbito da Polícia Civil, fazendo a escolta e custódia de dezenas de pessoas que são presas todos os dias nas Delegacias.

SOBRE O SINPOL-DF

Fundado em 1988, o Sindicado da Polícia Civil do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes penitenciários, papiloscopistas e delegados na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos Distrital e Federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A nova diretoria assumiu em maio de 2014 e entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o reconhecimento definitivo de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.

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