Reunião com chefes das SICVIO e direção da PCDF foi provocada pelo sindicato | Fotos: Comunicação Sinpol-DF

Da Comunicação Sinpol-DF

Nas últimas semanas, a discussão sobre a criação dos “Núcleos de Investigação” nas unidades da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ganhou corpo. Em algumas delegacias circunscricionais, percebeu-se uma divergência na investigação das ocorrências de maior complexidade, o que gerou muitas dúvidas e um ambiente ruim.

O assunto ganhou força e gerou polêmica nas últimas semanas. Por isso, o Sinpol-DF provocou a Direção Geral da PCDF e o Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) a esclarecer essa questão em uma reunião com os chefes das Seções de Investigação de Crimes Violentos (SICVIO), realizada na última quarta, 7.

Jefferson Lisboa, diretor do DPC, assegurou que não há, na PCDF, nenhuma tentativa de mexer com a autonomia dos chefes de seção. Ele também garantiu que convocará uma reunião com todos os delegados-chefe para abordar a questão.

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“O que há, em algumas unidades, são casos pontuais de gestão da equipe que têm gerado bons resultados. Alguém deu o nome de “núcleo”. Cada delegacia tem sua forma de administrar as equipes e o trabalho”, afirmou Jefferson.

O diretor do DPC acrescentou, inclusive, que esse assunto não surgiu no Grupo de Trabalho (GT) que está tratando da reestruturação da PCDF após decisão do STF que considerou inconstitucionais as leis distritais que organizam a instituição. “Não se falou sobre núcleo. Nós reconhecemos que isso causa repercussão, mas acreditamos na autonomia do delegado-chefe e do chefe de seção”, completou.

Robson assegurou que todos os problemas gerado por causa desse assunto serão resolvidos

MODELO

Já Robson Cândido, diretor-geral da PCDF, afirmou que a corporação vem estudando modelos que tendem a “melhorar a comunicação nas unidades, gerando aproximação entre os colegas”. Mas, assim como Jefferson, informou que não há intenção de “tirar a autonomia, nem as atribuições dos chefes de seção”.

“Soubemos de algumas situações nas delegacias, mas não imaginávamos que chegaria a esse ponto. Jamais quisemos fazer uma ruptura [nas seções]. Nós não vamos aceitar que o policial trabalhe descontente e não vamos permitir que um ou outro desagregue a instituição. Este não é o momento de atrito; é de estarmos unidos”, afirmou o chefe de polícia.

Robson acrescentou, ainda, que todos os problemas relacionados a esse assunto serão resolvidos. Ele defendeu a postura do sindicato em cobrar a Direção Geral sobre essa e outras demandas. “Estou sempre em contato com o Gaúcho, que a todo momento me aciona. Vocês são a base e representam a maior força de trabalho na Polícia”, confirmou.

Jefferson garantiu que não se falou em”núcleos” no GT que estuda reestruturação da PCDF

SERVIÇO VOLUNTÁRIO

Reforçando os pedidos do sindicato, os chefes de seção que participaram da reunião também indagaram o diretor do DPC sobre a ampliação do serviço voluntário, principalmente para as Centrais de Flagrante (Ceflags) e para o sobreaviso – uma vez que ainda consideram injusto o modelo atual.

Jefferson explicou que trabalha para dobrar a quantidade de recursos. Para este ano, a PCDF busca um acréscimo a verba para ampliar o pagamento aos plantões, para o local de crime e para cobrir as ausências provocadas por afastamento médico. “A ideia é ampliar as carências de efetivo, com o SVG”, anunciou. “Entretanto, para essa ampliação é necessário mais recurso. A administração tem dialogado com o Governo nesse sentido”, completou.

Para o próximo ano e para os anos de 201 e 2022, contudo, a CLDF aprovou a inclusão de R$ 40 milhões, por ano, o que é suficiente para ampliar o serviço voluntário para toda a atividade fim da PCDF, incluindo as Ceflags e operações policiais.

DEMANDAS

Ainda na reunião, Robson Cândido adiantou informações sobre o andamento de outros pleitos. No caso da paridade, o diretor-geral da PCDF informou que as articulações para que o pleito ande tendem a se intensificar, uma vez que a Reforma da Previdência já passou na Câmara Federal.

Ele anunciou, ainda, que a compra do armamento em substituição ao atual está em fase de finalização. Segundo o diretor, cinco empresas se habilitaram para a licitação. Serão adquiridos cinco mil kits da pistola 9mm.

Robson também afirmou que nos próximos dias mais viaturas serão entregues e prometeu melhorias nas ferramentas e equipamentos utilizados nas investigações. 

O diretor-geral da PCDF falou  ainda sobre a recomposição do efetivo, ele explicou que o concurso com 300 vagas para escrivão está na fase de escolha da banca; o edital deve sair nos próximos dias. Para agente de polícia serão mais 1.800 vagas.

 

 

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