Velório da Segurança Pública - 21.09.16

Da Comunicação Sinpol-DF

Em um ato simbólico, os policiais civis fizeram na tarde desta quarta, 21, o “velório” da Segurança Pública do Distrito Federal.

A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e ocorreu simultaneamente no Complexo da Polícia Civil e nas Centrais de Flagrantes (Ceflags).

O protesto tem respaldo no aumento dos índices de criminalidade, o que, para a categoria, atesta não só a “morte” da Segurança Pública, mas o sucateamento da PCDF. A medida foi aprovada em assembleia pela categoria.

Cerca de 500 policiais civis acompanharam o ato no Complexo da PCDF. Os demais se distribuíram entre a 1ª DP (Asa Sul), 5ª DP (próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha), 6ª DP (Paranoá), 13ªDP (Sobradinho), 20ªDP (Gama), 21ªDP (Taguatinga Sul), 23ªDP (Ceilândia Sul) e 29ªDP (Riacho Fundo 1) DCA 1 e 2 e DEAM.

Todas essas unidades receberam um caixão e coroa de flores, além de cruzes que indicam o número de vítimas da violência na capital federal nesses dois anos do governo Rollemberg.

CAOS NA SEGURANÇA

“A responsabilidade do caos em que a Segurança Pública se encontra é do governador Rodrigo Rollemberg. Ele e a secretária Márcia Alencar tentam isolar a Polícia Civil. Está muito claro que o interesse é minar a Polícia Civil, acabando com a investigação”, criticou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.

Para ele, apenas uma coisa justificaria essa conduta dos gestores com a instituição: medo. “A PCDF e os policiais civis têm dado provas de que há muita coisa a ser investigada nesse governo; a CPI da Saúde é um exemplo”, acrescentou Gaúcho.

O presidente do Sinpol-DF voltou a defender o trabalho da PCDF. Embora os policiais civis tenham batido recordes de prisões e, com seu trabalho de inteligência, impedido a instalação do crime organizado em Brasília, eles não têm recebido o reconhecimento necessário.

“Temos denunciado o sucateamento da Polícia Civil e o déficit no efetivo desde que esse governo começou. Além disso, há os problemas com as armas, com os coletes e com a infraestrutura das delegacias. Queremos mais investimento material e, principalmente, valorização profissional”, frisou Gaúcho.

SEM PROPOSTA

Mais cedo, o GDF havia enviado à diretoria do Sinpol-DF, por meio da Procuradoria-Geral, um comunicado informando que não tem condições de melhorar a proposta colocada na última audiência de conciliação, ocorrida na sexta, 16, e rejeitada por unanimidade em assembleia.

Esperava-se para esta quarta uma nova rodada de negociações, que, portanto, não ocorreu.

“Mais uma vez, o governo recuou das negociações. Esperávamos um avanço, mas eles fecharam a porta. Estão nos usando – usando essa categoria humilhada e cansada – como freio para dizer que não vai dar reajuste para ninguém. Esse governo é manipulador. Joga a nossa categoria contra os policiais militares e bombeiros. Não podemos aceitar isso”, acusou o presidente do Sindicato.

Logo depois dos pronunciamentos, o grupo que se concentrou no Complexo da PCDF encerrou o ato com um “cortejo” até o prédio da Direção Geral. Lá, o diretor de Planejamento e Administração do Sinpol-DF, Marcos Campos, cobrou um posicionamento do diretor-geral Eric Seba.

“Pedimos que o senhor tome uma postura pública, enérgica e honesta em defesa da sua instituição. Todos os policiais civis estão esperando por isso. Em nenhum momento você fez isso”, disse Marcos.

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