(Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Diretoria fez panorama sobre reunião com o GDF; representantes levaram sugestões (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

A diretoria do Sinpol-DF e os representantes sindicais discutiram durante toda a tarde desta quarta, 31, as estratégias e ações que devem ser adotadas pela categoria nos próximos dias dentro da operação “PCDF Legal”, movimento deflagrado há quase dois meses.

O encontro ocorreu logo após a reunião entre o sindicato, o Sindepo-DF, representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O governo apresentou uma proposta que, de pronto, foi recusada pelos dirigentes dos dois sindicatos por representar um recuo em relação ao que se já havia discutido em outras oportunidades: 0% de aumento em 2017, 8% em 2018, 7% em 2019, 8% em 2020 e, por fim, 10% em 2021.

“Nós já comunicamos ao governador que a proposta será recusada amanhã, em assembleia. Mas, como a categoria é soberana, nós vamos apresentar esses números. Não entendemos porque o GDF recuou na negociação. Eles já haviam oferecido, para 2017, 7%; agora, porém, não ofereceram nada para o próximo ano”, explicou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.

Gaúcho relatou que os representantes do MPDFT indagaram aos secretários sobre uma melhoria na proposta. Uma nova reunião deve ocorrer na segunda, 5 de setembro. “A PCDF está sendo o freio do GDF para que nenhuma categoria receba reajuste salarial em 2017. Estão tentando usar e manobrar a nossa categoria”, criticou.

OPERAÇÃO

Em conjunto, dirigentes e representantes discutiram medidas a serem adotadas para intensificar a operação “PCDF Legal”, além de mobilizações voltadas ao GDF e ao governo federal.

Houve debate ainda sobre o reforço das estratégias de marketing e comunicação com foco na população e também sobre a cobrança da publicação, no Diário Oficial, das exonerações dos cargos de chefia entregues no dia 17 de agosto – neste caso, o Sinpol-DF, por meio da Assessoria Jurídica, ingressou no fim da tarde desta quarta com um mandado de segurança com pedido de liminar para que a Justiça determine ao GDF a publicação das exonerações.

Os itens discutidos entre a diretoria e os representantes serão expostos na assembleia convocada para esta quinta, 1º de setembro, às 14h, na Praça do Buriti, quando serão deliberados por toda a categoria.

NEGOCIAÇÃO

“Essa é a segunda vez que o governo faz uma proposta que nos leva a recusa. Eles pedem uma contraproposta e nós temos sido claros: assim como a Polícia Federal, índices em janeiro de 2017, 2018 e 2019. Se o GDF não pode apresentar isso, que apresentem uma proposta mais próxima”, acrescentou Gaúcho.

O diretor de Relações Sindicais Fernando Ferreira avalia que a categoria deve continuar agindo com inteligência nas mobilizações. Para ele, a estratégia do GDF é conduzir a categoria para uma situação de ilegalidade. “Estão nos empurrando para uma situação de judicialização do nosso movimento, mas nós não podemos fazer esse jogo”, defendeu.

O secretário geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa, reforçou que o MPDFT está intermediando as negociações e que o pleito da categoria tem o reconhecimento da entidade. “Os promotores reconhecem o direito da categoria e o fato de que nós não tivemos a reestruturação que várias carreiras tiveram em outros momentos. O Ministério Público não está lá para obrigar o GDF a fazer proposta, tampouco para nos obrigar a aceitar. Temos, porém, muitos dados em nosso favor”, ponderou.

 

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