Da Comunicação Sinpol-DF

As denúncias acerca dos defeitos nas armas da Forja Taurus ganharam mais um capítulo: na última semana, o Jornal da Band veiculou uma série especial de reportagens abordando o assunto.

Ao longo de três dias, o noticiário destacou casos de profissionais da Segurança Pública que, manuseando esses armamentos, foram vítimas de disparos acidentais. À frente da apuração, o jornalista Fábio Pannunzio percorreu diferentes estados brasileiros levantando uma série de relatos.

Veja abaixo os vídeos:

Parte I

https://www.youtube.com/watch?v=ivqujPVgJWo
Parte II

https://www.youtube.com/watch?v=7lEcvInl4T4
Parte III

https://www.youtube.com/watch?v=qnBXEFJMoXA
CASOS

Entre as histórias exibidas está a do Agente de Polícia Luciano Vieira, que integra os quadros da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e também é diretor de Comunicação adjunto do Sinpol-DF. O caso dele, no entanto, não é o único em Brasília – o que levou o Instituto de Criminalística (IC) da PCDF a testar esses armamentos.

O laudo, concluído no último mês de março, apontou que de 25 pistolas calibre .40 que foram testadas por amostragem, dez apresentaram falhas de segurança, disparando ao cair no chão. Por isso, em junho, e após uma reunião com a diretoria do Sinpol-DF, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou um inquérito civil público para apurar os fatos.

No entanto, como o número de vítimas dos disparos acidentais em armas da Taurus só tem crescido, no último dia 14, Luciano Vieira encaminhou novos nomes ao órgão, solicitando urgência na adoção de medidas que impeçam que a continuidade desses casos.

VERIFICAÇÃO PELO EXÉRCITO

Também em junho, o Comando Logístico do Exército Brasileiro regulou os procedimentos para Verificação Sumária (VS) de fatos que indiquem possível desconformidade de qualquer Produto Controlado pelo Exército (PCE), a exemplo das armas utilizadas pelas forças de segurança de todo o país.

Após a publicação da Instrução Técnico Administrativa N° 6/2016, Luciano Vieira e Alexandre de Castro, policial militar de Goiás que também foi vítima de disparo acidental por uma pistola da Taurus, protocolaram uma comunicação à Administração Militar solicitando a apuração desses fatos.

No documento, os policiais destacam situações semelhantes verificadas, desde 2005, com outras dezenas de profissionais. Acrescentam ainda que, em razão de defeitos verificados em nove modelos diferentes, a Forja Taurus fez um acordo judicial nos Estados Unidos, mas continua a fabricação e venda dessas peças no Brasil.

O Sinpol-DF tem cobrado reiteradamente que a PCDF siga o exemplo de outras forças de segurança e realize a troca das armas.

Outra luta é pela quebra do monopólio da Taurus no mercado nacional. Isso possibilitaria que armamentos de outros fabricantes e com mais qualidade possam ser utilizadas pelos policiais – a exemplo do que já acontece com a Polícia Federal, que utiliza armamento importado de alta qualidade.

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