Reunião com Agentes de Polícia - Paulo Cabral (94)
Agentes de polícia discutiram as atribuições e construíram proposta a ser apresentada no GT (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Ao longo das últimas semanas, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) tem ouvido a categoria para construir os documentos que serão apresentados ao grupo de trabalho (GT) criado para redefinir as atribuições das carreiras da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A tarde desta segunda-feira, 17, foi o momento dos agentes de polícia de discutirem a atualização das atribuições do cargo. O debate foi realizado no auditório da sede do Sinpol-DF na Asa Norte.

Assim como aconteceu nas reuniões com os papiloscopistas e com os agentes policiais de custódia, o encontro foi aberto pelo presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, explicando que a reestruturação da carreira é composta por três eixos.

“Ela tem a ver com o reconhecimento do nível superior e tem a ver com a redefinição das nossas atribuições, demonstrando a complexidade do que é realizado. Juntas, essas mudanças formam o pavimento para o terceiro eixo, que é o realinhamento salarial”, esclareceu Gaúcho.

DISCUSSÃO

Para o agente de polícia Eduardo Pascoal, as opiniões dos policiais ficaram bem consolidadas na reunião. “Existem aqui policiais de diversas unidades, cada um trazendo a sua experiência, conforme a sua época e a sua lotação. Houve muita troca de ideias e isso resultou em um documento que exprime de forma clara que a atividade do agente de polícia é especializada e de nível superior”, pontuou.

Pascoal elogiou ainda a atitude do Sinpol-DF de convidar a categoria para participar dessa construção. “É uma gestão democrática, onde é ouvido o filiado, aquele que está na base vivendo de fato as atribuições do cargo que ocupa”.

James Serra Aragão, que também é agente da Corregedoria Geral de Polícia (CGP), compartilha da mesma opinião. “Para um sindicato democrático e que representa sua categoria, não tem nada mais óbvio do que abrir esse tipo de debate”, notou.

Segundo John, agente de polícia da 33ª DP, “essa atuação democrática do Sinpol é algo que a gente não estava acostumado a ver e não está acostumado a participar. A diretoria tem a humildade de reconhecer que não sabe de tudo, e categoria precisa agir da mesma forma, entendendo que também deve contribuir”.

“Muitas pessoas não participam desses encontros porque no passado era muito ruim e esperavam que hoje seria o paraíso. A base precisa entender que as críticas construtivas são essenciais nos períodos de adaptação”, ressaltou John.

NORMATIZAÇÃO

“O que a gente tentou alinhavar e, inclusive, colocou em pormenores foi o que a gente já faz como agente de polícia”, resumiu James Aragão. “Agora, o que queremos é que isso seja regulamentado de forma clara”, acrescentou.

Segundo o presidente do Sinpol-DF, ao ser compilada a versão final, será aberto diálogo com o Governo do Distrito Federal (GDF) no sentido de construir um projeto de lei federal com as novas atribuições. “Hoje, as nossas atribuições estão apenas no regimento interno da PCDF. Uma lei federal nos dará mais segurança, pois somos regidos pela União”.

Por sua vez, o agente de polícia Amintas Ferreira Rocha observou a necessidade de uma maior participação dos policiais civis nas discussões e também pontuou a necessidade de que as atribuições fiquem restritas somente àquilo que de fato é de competência dos cargos.

“A gente não é ‘faz tudo’ e por isso não podemos ter no texto itens como ‘o que mais couber’, como normalmente é estabelecido pelo GDF ou pelo Ministério do Planejamento. Todas as categorias que conseguiram se valorizar limitaram as atribuições, deixando amarrado o que fazem”, advertiu Amintas.

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