O site do Sinpol-DF reproduz carta enviada ao Ouvidor da Polícia Civil do Distrito Federal, Maurílio Rocha, por cidadão que elogia o trabalho de policiais civis após assalto.

Confira na íntegra:

” ILÚSTRISSIMO SENHOR MAURILIO DE MOURA LIMA ROCHA OUVIDOR DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL

ANTÔNIO SÉRGIO MARTINS MELLO E FAMÍLIA, brasileiros, moradores do Lago Norte, vem, com o respeito e acatamento devidos, à presença de V. Sa., encaminhar carta de elogio em face do trabalho dos policiais Joaquim Ferreira da Ponte, Josias Marques de Araújo, Marcio Romeiro Pereira Júnior, Francisco Martins Rocha Neto, Marcio Ferreira da Silva, Asdrubal da Silva Neiva, Ronald Techmeier, Francisco Waldiney Moreira, Daniela Gonçalves de Sousa, José Carlos da Silva, Genival Rodrigues Maia, André Henrique da Silva, José Nivaldo Costa Júnior, Adriano A. G.de Macedo, Newton W. de A. Grillo, Edwin Aldrin da S. Paiva, Jamilla Rachel C. Ribeiro Silva, Denis B. de Oliveira, Alexandre Faria Pereira, e Daniella Kênia E. S. de La Hoz Ortega e da condução do caso pela Delegada Nélia Maurício Pires Lopes Vieira, nos seguintes termos.

A percepção da sociedade sobre a força policial, em vários momentos confere um conceito de truculência ou de inoperância. Não é frequente ouvir uma voz elogiosa que destaque a competência e eficiência da defesa pública. A ação policial é dura, requer transitar pela fúria dos criminosos e pela complacência da sociedade. O legítimo debate dos direitos humanos tem que respeitar o cidadão lesado e o criminoso. Em alguns casos se observa gritante absurdo de se valorizar o agressor em detrimento do agredido.

Esse preâmbulo tem o propósito de motivar um debate sobre segurança pública, tema tão importante nas nossas vidas e que tem a polícia com principal protagonista.
Cumpro agora, Senhor Ouvidor, o dever de discorrer sobre dramático episódio que vivenciamos no último domingo, dia 31 de maio de 2015.

Meus dois filhos, esposa e o neto – um bebê de um ano e dois meses – foram rendidos na porta de casa no Lago Norte e durante 10 minutos suportaram ameaças do assaltante que queria dinheiro, joias e arma, sob pena de matar a todos. Mãe, filhos e neto sofreram a pior a agressão psicológica; impotentes, desprotegidos e na mira de um revólver empunhado por uma pessoa transtornada, sem referências, valores ou qualquer noção de moral e disposto a tudo. A vida fica por um fio, subordinada ao humor e a decisão de um criminoso. Após esses eternos 10 minutos o assaltante se conformou em levar todas as joias e um automóvel.

Nesses momentos se recorre a “força policial” como recurso único. O primeiro sentimento é de que não adiantará nada. O fato está consumado e a polícia é inoperante. Ledo engano. Tivemos uma atenção especial de pessoas educadas, equilibradas com senso de reponsabilidades, habilidosos, sempre com uma palavra de otimismo e que colocam o seu trabalho como uma missão em defesa da sociedade. Confesso que mudei aquela impressão e confiei integralmente nos policiais. A forma minuciosa como observavam pequenos detalhes nos relatos das pessoas envolvidas, criava gradativamente a esperança de que o criminoso seria preso e afastaria o risco de outras famílias passarem pelo mesmo infortúnio.

Na segunda-feira os detetives asseguraram que em dois dias estaria equacionado o crime. Cumpriram rigorosamente o prometido. Tenho, portanto que expressar como cidadão, em nome de minha família, meu profundo respeito pelo brilhante serviço prestado pela Polícia Civil do Distrito Federal e em especial aos policiais da equipe da 9ª DP do Lago Norte, chefiada pela Delegada Nélia Maurício Pires Lopes Vieira, os quais já foram nominados na introdução dessa mensagem.

A minha família agradece o trabalho competente, a determinação, o tratamento cuidadoso e elegante com que fomos contemplados.

A esperança brota com força total quando se revela a virtude daqueles que suportam a defesa da sociedade.

Estamos nos recuperando do drama vivido, mas vitoriosos, vivos e confiantes de que a sociedade dispõe de uma retaguarda de proteção.

Respeitosamente,

Antônio Sergio Martins Mello
Diretor de Relações Institucionais para a América Latina
Fiat Chrysler Automobiles – FCA”

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