Bancada do DF recebeu a diretoria para discutir o encaminhamento da MP com a recomposição salarial dos policiais civis (Fotos: Arquivo Pessoal)

Da Comunicação Sinpol-DF

Durante reunião com a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) na manhã desta segunda, 25, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) se comprometeu a defender que a Medida Provisória (MP) com a recomposição salarial dos policiais civis tramite sozinha, uma vez que os militares do DF recusaram a proposta apresentada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) na semana passada.

O parlamentar, que é vice-líder do governo federal no Senado, recebeu os dirigentes do Sinpol-DF em seu gabinete. Participaram do encontro o presidente do sindicato, Rodrigo Franco “Gaúcho”, o vice, Paulo Roberto Sousa, e os diretores Alex Galvão, Marcele Alcântara, Thallys Passos e José Carlos Saraiva. Pelo Sindepo, compareceu o presidente Rafael Sampaio.

A diretoria do sindicato explicou que as propostas precisam ser desvinculadas porque a recusa dos PMs e dos Bombeiros não pode adiar ainda mais a publicação da MP com os índices para os policiais civis – protocolada em fevereiro deste ano, ela depende, apenas, da edição pelo presidente Jair Bolsonaro.

Os diretores destacaram, ainda, que os recursos para o pagamento da recomposição salarial dos policiais civis, cuja proposta foi anunciada também em fevereiro deste ano pelo GDF, já estão previstos, inclusive, na LOA e na LDO de 2019, aprovadas no Congresso Nacional.

A emenda foi aprovada justamente após um trabalho do Sinpol-DF em conjunto com o gabinete do senador e com a assessoria institucional da PCDF.

Ao grupo de parlamentares do DF, Izalci lembrou que os policiais civis ficaram de fora de reajustes anteriormente oferecidos à PMDF

A diretoria do Sinpol-DF lembrou, ainda, que todas as condições impostas anteriormente para assegurar o pagamento, como a aprovação da Reforma da Previdência, foram sanadas. A vinculação da proposta dos policiais civis com uma proposta para os PMs e Bombeiros foi colocada mais recentemente pelo presidente Bolsonaro, mas o Sinpol-DF entende que com a recusa deles, não há mais razão para mantê-la.

Além de defender a desvinculação das propostas, o senador reconheceu a paridade entre os policiais civis e os policiais federais, pois as duas corporações compartilham da mesma legislação. “O discurso é recompor o que sempre foi a vida toda: a equiparação com a Polícia Federal; resgatar o que sempre foi. Eu acho que é justo. Vamos explicar melhor ao presidente”, declarou Izalci.

Ele informou, ainda, que levará a questão da MP dos policiais civis ao ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência da República, em uma reunião no início da tarde também desta segunda. O objetivo é que o ministro discuta o assunto com o presidente.

BANCADA DO DF

O pleito também foi apresentado à bancada de parlamentares do DF, que se reuniu no gabinete do senador Izalci nesta manhã. Os diretores do Sinpol-DF reivindicaram que o grupo de parlamentares defenda o pleito dos policiais civis junto ao presidente da República e no Congresso Nacional.

Estavam presentes a vice-líder do governo no Congresso, a deputada Bia Kicis (PSL), a senadora Leila Barros (PSB) e o deputado Israel Batista. Representantes dos deputados federais Luis Miranda (DEM), Erika Kokay (PT), Júlio César (PRB) e Paula Belmonte (Cidadania) também compareceram.

Ao grupo, Gaúcho lembrou que a categoria está há mais de dez anos aguardando pela recomposição dos salários. “Não temos nada contra a recomposição de nenhuma outra carreira. Não queremos nos envolver nas negociações de outras categorias. A PCDF precisa ser valorizada”, defendeu.

“O que tem que ficar claro é que os policiais civis ficaram de fora dos reajustes no governo federal e no governo do DF, quando os PMs receberam auxílio-moradia”, acrescentou Izalci.

O senador se comprometeu a defender a desvinculação ao ministro Jorge Oliveira

O grupo encaminhou por uma reunião da bancada para discutir o assunto e, depois, agendar uma reunião com o presidente Bolsonaro para defender o pleito dos policiais civis.

“Precisamos dizer ao presidente que é preciso resolver a questão da Polícia Civil e, depois, resolve a questão dos PMs. Nosso desafio é mostrar que são coisas distintas”, completou o senador.

O deputado federal Professor Israel Batista concordou que o pleito é justo, assim como a Senadora Leila Barros. Segundo ela, é preciso esclarecer o assunto à bancada do DF. Já a deputada Bia Kicis entende que é importante uma reunião da bancada do DF com o presidente a fim de levar o pleito dos policiais civis adiante.

 

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