Para o presidente do Sinpol-DF, toda a categoria precisa ser ouvida para escolha do novo diretor (Foto: Lucas C. Ribeiro/Arquivo Sinpol-DF)

Da Diretoria Executiva

Com o final da campanha eleitoral para o Governo do Distrito Federal (GDF) se aproximando e as chances de uma mudança, em breve, na direção-geral da Polícia Civil do DF (PCDF) aumentando, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) anunciou que fará sabatinas, ainda em 2018, entre candidatos ao cargo e apresentará uma lista com indicações ao governador do DF.

“Esperamos que o DF passe por uma nova fase a partir de primeiro de janeiro de 2019. Não só para a cidade, como também para a Polícia Civil, tão esquecida, propositalmente desvalorizada e não defendida, mal gerida e sem comando no último mandato”, denuncia Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.

Em 2014, o Sinpol-DF decidiu não realizar uma votação para diretor-geral porque, à época, entendia que uma indicação poderia chancelar uma possível má escolha. “Foi o que aconteceu. Ninguém esperava, nem previa isso. A indicação em lista também poderia comprometer a legitimidade de manifestações que poderiam acontecer no futuro – e elas aconteceram em larga escala – em busca dos pleitos da categoria, após a quebra de palavra firmada e a falta de interlocução do atual mandatário”, explica Gaúcho.

O Sindicato dos Delegados (Sindepo) também anunciou que fará indicações para o cargo. Para Rodrigo Franco, se o novo governador ouvir a categoria na escolha do novo diretor, é justo que todos sejam ouvidos e não apenas uma parte.

“As decisões tomadas pelo Diretor de Polícia afetam a todos os policiais. Maior exemplo é o que acontece hoje. A corrida pela cadeira do 3º andar do Dubai já começou. A movimentação de bastidores é intensa. É imprescindível que valores importantes sejam colocados em debate, tais como o fortalecimento de uma instituição de Estado e menos atrelada a grupos políticos; o combate a corrupção, aos crimes contra a administração pública e ao crime organizado de forma perene e não de forma esporádica; a aproximação com a sociedade, demonstrando de forma clara o papel relevante da Polícia Civil na redução da criminalidade e na sensação de segurança; a defesa inequívoca da instituição e a recuperação de sua grandeza perdidas nos últimos anos; o fortalecimento e valorização de toda a categoria e não de apenas parte dela; o compromisso de uma interlocução proativa com a categoria, através de seus legítimos representantes, entre outros”, pontua o presidente do Sinpol-DF.

Ibaneis Rocha, candidato favorito ao Governo do DF, prometeu que a categoria participaria da escolha do nome para a direção geral da PCDF. “Para a carreira de policial civil, será importante saber o posicionamento dos candidatos ao cargo maior da instituição sobre temas de fundamental relevância e que foram deixados de lado pela atual direção. O novo diretor deverá se posicionar a respeito de uma defesa inequívoca da recuperação das perdas salariais, sobre a atualização das atribuições dos cargos, sobre atenção a nossa saúde física e mental, sobre as regras de remoção, sobre as licenças capacitação, sobre uma distribuição equânime de justiça organizacional – não favorecendo uns em detrimento de outros -, sobre a sobrecarga de trabalho, sobre as escalas de serviço extraordinário, cujas horas a mais de trabalho não são computadas, sobre a falta total de protocolos de procedimentos operacionais para tudo dentro da PCDF, a busca de investimentos em melhores equipamentos e capacitação, sobre um maior respeito ao policial que se aposenta, sobre as perseguições internas, sobre assédio moral e desvio de função, sobre dar condições adequadas para que o policial realize seu trabalho com dignidade e a polícia volte a realizar com eficiência seu mister, não somente em alguns nichos, mas em todas as unidades, e muitos outros temas que importam a todos os policiais civis”, relaciona Rodrigo Franco.

O Sinpol-DF deve anunciar, em breve, a data e como funcionará a sabatina com os candidatos ao posto. “É muito importante que toda a categoria participe desse processo. Seria injusto que mais de 90% dos policiais civis deixassem de ser ouvidos nesse processo de discussão e decisão sobre os novos rumos de uma nova Polícia Civil que esperamos”, finaliza o dirigente sindical.

Assessoria de Imprensa Sinpol-DF – Coletivo Conversa
Bruno Aguiar
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