Problema no sistema AFIS persiste desde o dia 14 de julho, quando houve a troca de empresas (Foto: Otto Peyerl/Arquivo Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal repudia veementemente o conteúdo da nota “Novas mudanças à vista” publicada na edição desta quarta, 30, na coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense.

É completamente inverídica e incabível a informação de que os peritos papiloscopistas estariam boicotando o trabalho no Instituto de Identificação (II) da Polícia Civil do DF (PCDF), após a substituição da tecnologia lá utilizada.

É de conhecimento público que os problemas com o sistema automatizado
de pesquisa de impressões digitais, conhecido por AFIS – sigla do inglês Automated
Fingerprint Identification System -, ferramenta essencial ao trabalho dos papiloscopistas desde 2010, estão diretamente relacionados à incapacidade técnica da empresa que assumiu o contrato em junho e que desde o mês de julho não consegue fazer o sistema funcionar.

O Sinpol-DF divulgou uma nota a respeito no dia 22 deste mês (leia aqui), quando, além de denunciar o problema, que tem inviabilizado o trabalho dos papiloscopistas policiais, alertou para os prejuízos que a população do DF tem sofrido, sobretudo na investigação dos crimes, e cobrou providências imediatas da Polícia Civil do DF.

Para o Sindicato, jogar aquela acusação para os servidores é completamente injusto posto que o problema se respalda nas falhas da gestão da PCDF, que, no processo de substituição das empresas para administrar o AFIS, sequer avaliou a capacidade técnica da nova empresa – o que poderia antecipar e evitar a situação que vem ocorrendo há dois meses.

A PCDF afirmou que nesta quarta, 30, o serviço estaria normalizado, mas ainda não tivemos essa confirmação; pelo contrário, os relatos que o Sinpol-DF recebeu indicam que a ferramenta continua com problemas para funcionar da mínima maneira possível.

É impossível, portanto, que os papiloscopistas estariam sabotando um trabalho que sequer tem condições estruturais para ser realizado. Mais absurdo, ainda, é imaginar que esses policiais civis, altamente comprometidos com o trabalho policial, cuja expertise nas atividades de identificação humana é reconhecida mundialmente, poderiam tomar essa atitude.

Reiteramos o compromisso da categoria com o trabalho, bem como o nosso compromisso, enquanto sindicato, em alertar para a preocupação com essa situação que tem trazido inúmeros prejuízos aos servidores e, sobretudo, à população do Distrito Federal.

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