(Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Categoria levou sugestões sobre os rumos do movimento (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

As próximas ações da mobilização dos policiais civis do Distrito Federal pela manutenção da isonomia entre a Polícia Civil do DF (PCDF) e a Polícia Federal foram discutidas na tarde desta quinta, 27, em uma reunião convocada pelo Sinpol-DF.

Representantes sindicais, plantonistas, chefes, diretores de divisão e demais sindicalizados participaram do encontro.

Os presidentes do Sindepo, Rafael Sampaio, da Adepol, José Werick, da Agepol, Francisco D’Sousa e da AAPC, Alexadre Morais, também se juntaram ao grupo.

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, fez um balanço das ações desenvolvidas pela diretoria dentro dos três eixos definidos para a atuação do Sinpol – operacional, político e jurídico – depois que o Governo do Distrito Federal (GDF) interrompeu as negociações.

Sobretudo, ele deu enfoque ao processo de aprovação do PL 5865/16 que, embora sem a emenda dos policiais civis, foi encaminhado com um pedido de indicação de Medida Provisória (MP) para que o presidente Michel Temer envie ao Congresso Nacional um outro projeto de lei que vise garantir a paridade com a PF – o assunto também foi discutido com a bancada do DF na Câmara, que se comprometeu a buscar uma agenda com Temer.

“Estamos trabalhando diuturnamente para garantir a manutenção da nossa paridade. O cenário não é dos melhores, pois agora há mais 32 carreiras buscando o cumprimento de um reajuste já aprovado em lei. Nossa situação, contudo, é diferente: a Segurança Pública é custeada pelo Fundo Constitucional, que não entra na LRF – e nós já expusemos isso”, assegurou Gaúcho.

PROPOSTA

O presidente em exercício do Sindepo, Rafael Sampaio, aventou a hipótese de a categoria aceitar a última proposta feita pelo GDF. Na leitura dele, o cenário que se desenha com a aprovação da PEC 241 será ainda mais desfavorável aos policiais civis, pois ela “vai inviabilizar reajuste de servidores acima da inflação”.

Segundo Rafael, o assunto já foi pautado em uma assembleia com os delegados. Ficou acordado entre eles que o assunto seria lançado para discussão entre as demais categorias para que todos reflitam a respeito.

“É preciso refletir e avaliar os riscos. O governo está contando com a possibilidade de nos ofertar menos do que já ofereceu. Ao aceitar a proposta, nós poderemos constranger o GDF a anunciar, publicamente, que a retirou [das negociações] confirmando que a proposta é uma farsa”, justificou Rafael.

AÇÕES CONJUNTAS

O presidente do Sindepo rejeitou a possibilidade de um possível racha entre as duas categorias. Ele ponderou que caso haja rejeição a essa medida, será preciso endurecer ainda mais o movimento. “O tempo que temos é muito curto”, alertou Rafael.

Tanto ele quanto José Werick confirmaram que os delegados farão uma paralisação de 24 horas na segunda, 31. Eles ainda sugeriram a realização de uma assembleia do Sindepo e do Sinpol no mesmo horário, momento em que a decisão acerca da proposta do GDF seria deliberada.

Por outro lado, a base do Sinpol-DF presente à reunião decidiu que realizará a Assembleia Geral Extraordinária na terça, 1º de novembro, em local fechado, tendo sido sugerido a Agepol ou o IESB.

Entretanto, o grupo decidiu por apoiar a paralisação dos delegados, mas os policiais só irão para os piquetes nas delegacias e demais unidades se os delegados estiverem a frente da mobilização nos bloqueios.

ASSEMBLEIA

Sobre a AGE de terça, a ser convocada pelo Sinpol-DF, será posta para deliberação a proposta de deflagrar mais uma paralisação de 48 horas nos dias 3 e 4 de novembro ou até mesmo por tempo indeterminado, de acordo com o desejo da categoria.

Os policiais civis discutiram, ainda, várias sugestões sobre os rumos do movimento e de como incrementar a “PCDF Legal” – as medidas preveem, sobretudo, a radicalização do movimento com o endurecimento de várias ações. Todos os pontos serão debatidos para deliberação na próxima AGE.

Nesta sexta, 28, a partir das 8h, haverá uma manifestação em frente ao Palácio de Itamaraty. Na ocasião, ocorrerá uma reunião sobre o Plano Nacional de Segurança Pública. O encontro reunirá o presidente Michel Temer, a presidente do STF, Cármen Lúcia, e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros, respectivamente, além de outras autoridades. O Sindicato convocou toda a categoria a comparecer.

 

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