Da Comunicação Sinpol-DF
A emoção do motorista José Donizete Roberto ao recuperar na última segunda, 18, o caminhão furtado havia um mês, contagiou a todos os policiais civis da 32ª Delegacia de Polícia (DP), localizada em Samambaia Sul.
Além de gratidão pelo trabalho dos policiais, a alegria se justifica porque o veículo é o único instrumento de trabalho e meio de sustento de Donizete. Até receber a notícia de que o teria de volta, os únicos sentimentos eram de agonia e incerteza – além da impotência que todo cidadão vítima de algum crime sente. O veículo foi retirado por ele do pátio da DP, após os trâmites legais, nesta terça, 19.
O caminhão de Donizete foi furtado da QN 11, em Taguatinga, onde ele mora com a esposa e dois filhos. “Parei para fazer o pagamento de uma bateria e, em cinco minutos que me afastei, alguém veio e o levou.
Quando voltei e percebi o que tinha acontecido, a boca ficou seca e eu não aguentei. Para mim, foi a maior perda que eu já tive na face da terra; eu não tenho condições de comprar outro”, afirma.
No mesmo dia, o motorista prestou queixa na 17ª DP, em Taguatinga. Nesta segunda, trinta dias depois, veio a boa notícia. “Fiquei alegre demais. Eu não sabia se eu abraçava os policiais. Minha esposa, que estava doente, até melhorou. Foi bom demais ter achado”, comemora, mais uma vez.
A reação do caminhoneiro, que estava com os filhos no momento em que o veículo foi encontrado (um deles chegou a chorar de emoção), foi tão comovente que os policiais registraram em vídeo. A gravação circulou entre os grupos de whatsapp dos policiais civis e gerou grande repercussão – principalmente por ocorrer às vésperas do Dia do Policial Civil, comemorado nesta quinta, 21.
OPERAÇÃO
O caminhão de Donizete foi encontrado após uma operação das equipes de policiais civis da 32ªDP em um galpão localizado às margens da BR 060, no Recanto das Emas. A suspeita é de que o local funcione como um desmanche de veículos, de acordo com o agente de polícia Luciano Matias, que participou da ação com mais seis colegas da unidade.
“Nós tínhamos a informação de que havia outros veículos lá, mas só encontramos ele. O caminhão já estava com placa adulterada, de um mais novo, ano 2002; esse é 2000”, informa. Segundo ele, provavelmente o caminhão seria vendido em uma das cidades vizinhas ou ficaria pela zona rural, pois a placa trocada poderia inviabilizar o reconhecimento. Por ora ninguém foi preso, mas as investigações continuam.
Quando o veículo foi encontrado e, depois de uma verificação, houve a constatação de que se tratava do caminhão de Donizete, ele foi chamado pelos policiais para levar a chave reserva, pois o volante estava travado. “A sensação é de satisfação; de dever cumprido. Ontem, nós ganhamos o dia em ver a felicidade, não só dele, mas dos filhos que o acompanhavam. Nós percebemos que o caminhão realmente estava fazendo falta para eles, pois era o ganha-pão”, diz Matias.
Dário Freitas, outro agente de polícia que participou da operação, também comemorou o resultado. “Essa gratidão que ele demonstrou não tem preço. É muito bom ver a alegria desse pai de família”, afirma.
O reconhecimento de Donizete representa um alento para os policiais civis, pois atesta, mais uma vez, que eles não fogem à responsabilidade que lhes cabe. Mesmo enfrentando problemas decorrentes do baixo efetivo e da jornada excessiva de trabalho, eles continuam dando o sangue pela população.
Na 32ªDP essa situação não muda: a operação que descobriu o desmanche mobilizou policiais civis de todas as equipes da Delegacia . “Não tem como uma única seção tentar realizar um trabalho desse, porque não sabíamos quem estava no local. Não sabíamos o que nos esperava também. Nessas situações, a gente mobiliza todo o efetivo da delegacia, que é baixo, mas a gente vai preparado”, revela Matias.
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