Lara Doutorada na UNB - Paulo Cabral (7)
Estudo desenvolvido por Lara Vieira pode contribuir para a melhoria dos processos de identificação do II e do IML (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Há seis anos na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a papiloscopista Lara Rosana Vieira não se acomoda no que faz. Busca constantemente se especializar e aperfeiçoar o trabalho, que, desde 2009, desenvolve no Instituto de Identificação (II).

Um dos mais importantes passos dessa jornada Lara concluiu na última sexta-feira, 28, quando fez a defesa de sua dissertação do mestrado em Patologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB).

Desde 2013, ao ingressar no programa de pós-graduação da Faculdade de Medicina, a papiloscopista vem desenvolvendo uma pesquisa com foco nas características das digitais em indivíduos idosos.

“Determinação de variações morfométricas em impressões digitais de idosos: Estudo longitudinal retrospectivo” foi o tema do trabalho produzido pela policial civil. O estudo envolveu a participação de 40 pessoas (20 mulheres e 20 homens), cujas impressões digitais à época da juventude foram comparadas com as atuais. Os dados foram coletados na base de impressões digitais do II.

ESTUDO

Segundo Lara, o que a motivou a seguir essa linha de pesquisa foi a percepção de que a dificuldade de identificar impressões digitais também está paralelamente ligada ao avanço da idade.

“O envelhecimento do ser humano gera uma série de alterações na pele, que desencadeiam, por exemplo, a degradação dos pontos característicos das digitais. É por isso que as pessoas idosas têm muito mais problemas com os leitores biométricos”, explica Lara Rosana.

Para papiloscopista, a pesquisa tem o potencial de contribuir significativamente para os processos de identificação do II e do Instituto Médico Legal (IML), sobretudo na área da necropapiloscopia.

Uma das principais conclusões do seu trabalho, no entanto, revela a recém formada mestre, é a necessidade de que outras pesquisas sejam desenvolvidas se debruçando sobre esse assunto.

“Nós precisamos melhorar os mecanismos de identificação e os sistemas automatizados, a fim de que sejam cada vez mais aperfeiçoadas as comparações das digitais recolhidas com aquelas dos bancos de dados”, conclui Lara.

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