Fotos: Otto Peyerl
Sessão solene da CLDF comemorou o Dia do Perito Papiloscopista, comemorado em 5 de fevereiro. (Fotos: Otto Peyerl/Sinpol-DF)

O Sinpol-DF esteve presente na homenagem aos policiais papiloscopistas promovida na última sexta-feira, 27, no Auditório do Complexo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A sessão solene, realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e organizada pela Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrap), homenageou as mulheres papiloscopistas aposentadas no ano de 2014.

Além da homenagem às aposentadas e à toda a categoria pelo trabalho prestado à sociedade, o evento serviu de palco para a discussão das demandas e os pleitos mais urgentes da categoria. As profissionais também receberam livros com temáticas de ciência forense.

Para a papiloscopista e secretária do Sinpol-DF, Celma Lima, a solenidade foi muito importante para comemorar as conquistas alcançadas até agora e lembrar, não só aos parlamentares, como aos representantes da Polícia e dos policiais, tudo aquilo que ainda precisa ser conquistado. Ela pontua, por exemplo, da Lei 12.030/2009, que dispõe sobre quais profissionais são considerados peritos oficiais e da qual os policiais papiloscopistas não fazem parte. “Estamos tentando fazer com que sejamos incluídos na Lei”, lembra Celma.

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Rodrigo Meseses, presidente da Asbrapp defendeu a inclusão dos papiloscopistas no rol de peritos oficiais

 

O presidente da Asbrapp, Rodrigo Meneses, foi enfático ao defender a inclusão dos papiloscopistas no rol de peritos oficiais constantes na Lei 12.030/2009, ressaltando que os laudos desses profissionais instruem processos criminais da mesma forma que os laudos de outros peritos considerados “oficiais”. “Nossa categoria contribui sobremaneira para o trabalho de investigação da instituição. Não existe uma hierarquia entre laudos”, ressalta.

Rodrigo Meneses destacou ainda a importância da papiloscopia no Brasil, inclusive no âmbito da identificação civil e o trabalho de pesquisa que os profissionais têm desenvolvido, colaborando para a construção do conhecimento na área. Lembrou ainda casos emblemáticos em que a perícia realizada pelos policiais papiloscopistas do DF foi essencial para a solução de crimes – como o da professora encontrada morta no Parque da Cidade, cujo assassino foi descoberto graças a identificação das digitais encontradas em uma sacola plástica.

Para o diretor-geral do Instituto de Identificação (II) do DF, Claudionor Batista dos Santos, o trabalho realizado na entidade, que é referência em todo o Brasil, precisa ser percebido também pela população em geral. “A sociedade não consegue distinguir bem o papel do papiloscopista em um local de crime, por isso precisamos fazer um intenso trabalho de educação da sociedade a respeito da profissão e transformar esse quadro”, defende.

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O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, falou da urgente necessidade de reconhecimento oficial da carreira e do compromisso do sindicato com a categoria

 

Rodrigo Franco, o “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF, reiterou o compromisso do sindicato com a categoria e endossou o discurso dos colegas a respeito da urgente necessidade de reconhecimento oficial da carreira. Para o Sinpol-DF, afirma Rodrigo, “os papiloscopistas já são reconhecidos como peritos oficiais”. Gaúcho lembrou ainda que a luta em favor do reconhecimento de nível superior dos policiais, inclusive dos peritos papiloscopistas, deve continuar.

Todos os deputados presentes no auditório reafirmaram o compromisso de lutar pelas demandas dos papiloscopistas e colocaram seus gabinetes à disposição da categoria. Prometeram ainda acelerar as nomeações de novos profissionais da Polícia Civil e defender as demandas da categoria em plenário.

A solenidade contou com a participação de membros da Câmara Legislativa, como o deputado Dr. Michel (PP-DF), que comandou a mesa, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e representantes dos também deputados Raimundo Ribeiro (PSDB-DF) e Wellington Luiz (PMDB-DF). Também estiveram presentes o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco; o presidente da Asbrapp, Rodrigo Meneses; o diretor-geral do Instituto de Identificação (II), Claudionor Batista dos Santos; e o diretor-adjunto da Polícia Civil do Distrito Federal, Anderson Espíndola, representando o diretor da PCDF, Eric Seba.

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