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No encontro, o Sinpol expôs as demandas que as várias carreiras técnicas apresentam ao sindicato (Fotos: Otto Peyerl/Sinpol-DF)

Representantes da diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito federal (Sinpol-DF) reuniram-se na segunda-feira, dia 9, com a nova diretoria do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil do DF (PCDF), cujos integrantes assumiram o comando do Departamento há cerca de dois meses.

No encontro estavam presentes a segunda vice-presidente do Sinpol-DF, Marcelle Alcântara, a primeira-secretária, Celma Lima, a diretora de cultura do Sinpol, Yáskara Cordeiro, o diretor de políticas sindicais do Sinpol, Arthur Svidzinski, além de Paulo Vilarins, diretor do Departamento de Polícia Técnica e seus três assessores, Cyntia Honorato, que é médica legista, Ludmila Fernandes, papiloscopista e Raimundo Cleverlande, perito criminal.

O encontro serviu para o Sinpol apresentar suas ideias e expor as demandas das carreiras técnicas que chegam até o sindicato; para saber quais as diretrizes da diretoria para a Polícia Técnica e, ainda, para selar a abertura de um canal de diálogo permanente entre o Sinpol e o DPT.

O Departamento de Polícia Técnica engloba os peritos criminais, os papiloscopistas, os médicos legistas e agentes de polícia lotados no departamento, além das categorias de apoio do IML, que auxiliam nos trabalhos de necropsia, radiologia e laboratório. Categorias que, de acordo com o diretor do DPT, Paulo Vilarins, são muito importantes e dão sustentação ao trabalho da Polícia.

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Além de conhecer as diretrizes da diretoria para a Polícia Técnica, os representantes do sindicato selaram a abertura de um canal de diálogo entre o Sinpol e o DPT

Durante a reunião, discutiu-se a necessidade da criação de carreiras administrativas não só para as carreiras de Polícia Técnica, como para todos os policiais civis do DF com o intuito de desafogar os policiais das tarefas burocráticas e aumentar a produtividade da instituição. “Queremos deixar o policial naquela função específica para a qual ele foi designado a fazer”, resume Vilarins.

Além disso, levantou-se a questão das divergências entre as categorias de peritos criminais e papiloscopistas. Para o diretor do DPT, esses conflitos podem ser resolvidos com diálogo e lideranças eficientes. “É importante que a mudança comece pelos gestores, que eles estimulem o diálogo e instiguem seus subordinados a trabalhar em equipe”, aconselha.

Para Ludmila Fernandes, o importante é tentar trabalhar para o diálogo. “Ânimos exaltados não são bons para ninguém. Os peritos criminais e papiloscopistas têm que conversar mais”, acrescenta.

OUTRAS DEMANDAS

Segundo Vilarins, um dos maiores anseios do DPT é a implementação de um sistema de gestão da informação que acelere o trabalho de investigação. Ele armazenaria não só as informações colhidas no local de crime assim que elas fossem coletadas pelos peritos, mas também os exames, na medida em que os resultados sejam expedidos. O objetivo é que a perícia funcione de forma célere antes que o laudo completo seja entregue. “Isso deve garantir uma resposta mais rápida para a sociedade”, afirma.

A reestruturação das carreiras e o baixo efetivo da Polícia Civil também foram pauta da reunião. Com o menor efetivo desde 1993, quando a população do DF era duas vezes menor do que a de hoje, a reestruturação se faz urgente para que o trabalho seja otimizado.

“A Polícia avançou, as carreiras evoluíram, a tecnologia evoluiu, de maneira que a readequação das atribuições é necessária, não apenas pelo cargo em si, mas para a melhoria do trabalho”, diz Marcelle. Alcântara, segunda vice-presidente do Sinpol.

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