flavio viana de castroEram oito horas da manhã do dia 27 de dezembro de 2014, um sábado, quando as primeiras notícias começaram a chegar. Algo de ruim havia acontecido com o policial Flávio Viana de Castro. O carro dele estava abandonado em uma ponte próxima ao Gama (DF), com marcas de perfuração de tiros e sangue no banco de trás do veículo. Usaram o extintor e o jogaram sob o carro, sinal característico de quem quer apagar impressões digitais após cometer um crime.

Vários policiais civis começaram a chegar ao local em que o carro fora encontrado. Todos querendo ajudar a descobrir o que aconteceu com nosso colega Flávio, que dedicou sua vida a trabalhar na Polícia Civil em prol da segurança e da sociedade. Mas, infelizmente, ninguém, até aquele momento, tinha a resposta para o que realmente havia acontecido com nosso guerreiro.

Enquanto aguardávamos a chegada das equipes da perícia, surgiu a notícia de que um corpo havia sido localizado na Ponte Alta do Gama. Fomos para lá e ao chegarmos, constatamos que aquele corpo era o de Flávio. Esta era a única notícia que não queríamos receber ou transmitir: nosso amigo Flávio havia sido assassinado.

Dezenas de policiais começaram a chegar. Todos com um objetivo: identificar, qualificar e prender os autores daquele crime bárbaro, que ceifou a vida de um agente público que sempre trabalhou para defender a população.

Policiais civis e militares do DF e de Goiás estiveram em diligências desde as primeiras horas em que se soube do ocorrido.

Na parte da tarde, por volta das 15h, informações sobre possíveis autores começam a surgir. Os primeiros nomes vieram à tona: Paulinho e “Sassá”. As equipes de policiais foram às ruas, sem descanso, até que todos os autores fossem identificados e presos. E assim foi.

Na madrugada do dia 28 de dezembro, depois de ininterruptas diligências, as primeiras testemunhas foram levadas à 20ªDP do Gama, para serem ouvidas e trazem informações mais concretas sobre os autores, confirmando os nomes dos primeiros citados.

Por volta das 5h, o primeiro suspeito foi detido. Trata-se do menor Paulinho. No dia seguinte, por volta das 8h, mais policiais começaram a se juntar aos que já estavam empenhados desde as primeiras horas do dia anterior, dando continuidade às investigações. Por volta das 11h do mesmo dia, outros dois suspeitos foram detidos próximo à cidade do Lago Azul, Goiás. Eles foram identificados como “Cambão” e Diego.

Durante todo o domingo, muitas diligências foram realizadas, com o objetivo de colher elementos que comprovassem a participação de todos os envolvidos na morte do policial Flávio. Mas faltava, ainda, a localização do quarto autor: Saélio, vulgo “Sassá”.

No final da tarde daquele dia, o flagrante contra os autores do crime, Gilson Costa da Conceição, vulgo “Cambão”, e Diego Jesus Barros, começou a ser lavrado. Já não havia mais dúvidas sobre a participação de ambos no latrocínio perpetrado contra o policial civil Flávio Viana de Castro.

O menor Paulinho foi encaminhado para a Delegacia de Criança e Adolescente (DCA) para as providências inerentes ao fato quando envolve menor de idade.

O quarto autor, Saélio Aires da Silva, vulgo Sassá, continuava sendo procurado. Várias diligências nos dias seguintes ao fato continuaram a ser realizadas com o escopo de prendê-lo, mas todas se mostraram infrutíferas.

No dia 7 de janeiro de 2015, porém, Saélio foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), dentro de um ônibus interestadual na cidade de Gurupi (TO), encerrando-se, assim, a parte da prisão dos autores envolvidos no latrocínio.

Sentimos muito a perda de um colega dedicado ao trabalho, como era o nosso colega Flávio, a quem chamávamos de “vibrador” – termo usado para falar de um policial que gosta do trabalho que realiza.

Desse caso, que não gostaríamos que acontecesse com ninguém, fica um exemplo: todos os policiais, indistintamente da corporação a que faziam parte, se juntaram aos policiais civis da 20ª DP do Gama, que ficou incumbida da investigação do caso, e aos demais policiais civis de diversas unidades da PCDF, realizando um trabalho em equipe, com o objetivo de prender os autores desse tão bárbaro crime.

Queremos enaltecer todo o trabalho desenvolvido pelos policiais durante as investigações e prisões dos autores. Nesse sentido, estendemos o elogio não só aos policiais civis da 20ª DP Gama, mas a todos os colegas de diversas unidades da nossa Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), como também aos policiais militares do Distrito Federal e de Goiás, aos policiais civis de Goiás e, por último, aos policiais rodoviários federais que efetuaram a prisão do último autor.

Ao nosso amigo Flávio Viana de Castro, só podemos agradecer por toda a dedicação ao trabalho policial demonstrada ao longo de sua vida. E lhe dizer: descanse em paz.

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