Os Policiais Civis se reuniram mais uma vez em assembleia geral nesta quarta-feira (5), em frente ao Palácio do Buriti, para deliberar acerca da continuação do movimento grevista.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas iniciou a assembleia fazendo um memorial de quando começaram as reivindicações dos policiais em 2009. “Desde esta data, os pleitos dos policiais civis que eram a reestruturação da carreira, o plano de saúde subsidiado, a transformação/renomeação do cargo de agente penitenciário e o aumento do efetivo foram amplamente debatidos e, na greve do final de 2011, o governo afirmou em reunião com as entidades representativas da categoria que, caso o movimento grevista fosse encerrado, iniciaria a implementação das nossas demandas, mais uma vez a categoria acreditou e acabou com a greve, contudo, até o momento nada foi cumprido”, explicou o presidente do Sinpol.

Ciro de Freitas ressaltou que, desde a última assembléia (30/08), o governo não fez nenhum tipo de contato com os representantes da categoria, ou demonstrou interesse em restabelecer os serviços da PCDF, o que demonstra o insistente descaso com os pleitos dos policiais. Ele disse ainda que em razão disso, a categoria se mobilizou e está acampada desde terça-feira (4) em frente ao palácio do Buriti.

Quanto às negociações entre o Governo Federal e outras categorias do serviço público federal, Ciro destacou que algumas carreiras aceitaram a proposta de reajuste de 15,8% e outras não, ou seja, continuam em greve, mas o GDF ainda não ofertou qualquer proposta para os policiais civis do DF. “Nossas reivindicações não dependem apenas da União, mas principalmente do GDF. Queremos o que nos é de direito e que foi pactuado e não aceitaremos algo contrário a tudo que lutamos até agora”.

Já o vice-presidente do Sinpol Luciano Marinho enfatizou que o movimento de greve foi considerado legal pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) desde que 80% do efetivo estivesse em atividade. “Alteramos a cartilha para o cumprimento da ordem judicial, então não temos o que temer, sempre agimos e agiremos dentro da total legalidade”.

Marinho completou que o Fundo Constitucional é prioridade da Segurança Pública e deve ter seus recursos investidos nas carreiras que compõem a segurança.

Ainda neste sentido, o deputado distrital Wellington Luiz informou que já foi lido no plenário da Câmara Legislativa o requerimento que propõe a convocação do gestor do Fundo Constitucional do DF, para que, quando comparecer naquela casa de Leis, explique onde e como estão sendo utilizados os recursos oriundos da União que pertencem à Segurança Pública da capital Federal. Wellington ressaltou também que o movimento de greve dos policiais é decorrente do silêncio do governo e isso prejudica principalmente a sociedade que fica insegura com a paralisação da categoria.

Ao final, os policiais civis deliberaram pela continuação da greve a partir das 8h desta sexta-feira (7), quando encerra o movimento atual, até as 8h do dia 14 de setembro. Ficou marcada também assembleia para o dia 11/9 (terça-feira), às 15h, em frente ao Palácio do Buriti.

Após a assembleia, os policiais permaneceram acampados em frente ao Palácio e só desocuparão a praça do Buriti quando o GDF resolver se movimentar no sentido de receber os policiais civis e dar continuidade na implementação dos pleitos da categoria.

O Sinpol reitera a todos os policiais do expediente que reforcem os plantões das delegacias circunscricionais e ajudem os companheiros a levarem a greve à frente, pois a responsabilidade do movimento é de toda a categoria.

“Nossa vitória sempre será proporcional à nossa luta”

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