Nesta quinta-feira (30), os policiais civis se reuniram em assembleia geral para definir as próximas mobilizações contra a política de arrocho salarial do governo. O presidente do Sinpol Ciro de Freitas destacou que as manifestações deliberadas em assembleia, dos dias 28 e 29/8, foram uma tentativa de chamar a atenção, já que durante a última greve o Governo não demonstrou qualquer interesse em dialogar com a categoria ou apresentou proposta que motivasse o fim do movimento.

“Esperamos que nas demais mobilizações haja um maior número de policiais presentes para que possamos mostrar que somos uma carreira unida e focada em nossos objetivos”, ressaltou.

Ciro disse ainda que o Secretário de Segurança Pública do DF informou que, em reunião com o governador, o GDF confirmou que tudo o que for ofertado à Polícia Federal também será oferecido à Polícia Civil do DF. “Agora esperamos que o governador receba as entidades de classe da PCDF e trate das negociações diretamente e não por meio de secretários de governo”, ressaltou o presidente do Sinpol.

Ciro de Freitas informou também que ainda nesta quinta-feira (30) houve reunião entre as entidades de classe dos policiais e a bancada da segurança pública na Câmara Legislativa, quando foi deliberado que os deputados irão convocar os gestores do Fundo Constitucional para que apresentem onde estão sendo aplicados os recursos do Fundo que deveriam ser direcionados prioritariamente à Segurança Pública.

Já o vice-presidente do Sinpol Luciano Marinho reafirmou que “os próximos movimentos da categoria irão depender das propostas do governo a serem apresentadas aos Policiais”.

Ainda na oportunidade, Marinho fez uma breve explanação acerca da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 195/12, de autoria do deputado federal Vanderlei Siraque, que altera o artigo 144 da Constituição Federal para incluir a Força Nacional entre os órgãos de Segurança Pública.

No texto, a PEC se justifica com o argumento que, em alguns momentos a violação da ordem pública não é prontamente restaurada por diversos fatores, entre os quais a incapacidade técnica, as rebeliões, os motins e as greves dos servidores responsáveis por esta função estatal. Com a integração da Força Nacional com função ostensiva e judiciária o problema seria resolvido. Para Marinho, a PEC é uma afronta aos policiais, uma vez que fere a autonomia das Polícias Civil e Militar.

Quanto aos pleitos da categoria, o segundo vice-presidente do Sinpol André Rizzo disse que os policias têm de demonstrar toda indignação se empenhando na luta pelas reivindicações e não podem desistir em razão da falta de posicionamento do governo: “Infelizmente o GDF permanece passivo e não assume a responsabilidade, não se reúne com a categoria. Não vamos aceitar essa política de arrocho salarial e continuaremos nesta luta até o final”.

O deputado Wellington Luiz disse aos presentes que sua exoneração da secretaria de Regularização de Condomínios foi publicada nesta quinta-feira (30) no Diário Oficial do DF. “Conforme deliberado na última assembleia quando a categoria decidiu que eu retornasse ao cargo de deputado distrital, assim foi feito, já me encontro na condição de parlamentar novamente e continuarei dando total apoio aos policiais”, relatou Wellington. O deputado enfatizou que as manifestações são fundamentais para que o movimento da categoria ganhe força, pois demonstra que os policiais estão mobilizados e acreditam na vitória.

Ao final, ficou deliberado que os Policiais Civis, novamente, farão greve de sete dias, a partir das 8h desta sexta-feira (31) encerrando na sexta-feira (07/09), às 8h. Ficou marcada também reunião com os representantes sindicais para terça-feira (4), às 15h, na Sede do Sinpol e assembleia geral na quarta-feira (5), às 15h, em frente ao Palácio do Buriti.

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