Devido à facilidade de se adquirir empréstimos bancários consignados em folha, oferecidos por diversas instituições financeiras, alguns sindicalizados tem informado ao Sinpol que têm sido vítimas de fraudes.

Diante disso, o Sinpol encaminhou ofícios a várias instituições, inclusive à ouvidoria do BMG que atendeu ao chamado do Sinpol. O diretor executivo da instituição, Eduardo Dominicale e a gerente de ouvidoria Lilian Bombinho vieram de Belo Horizonte para se reunir, nesta quarta-feira (11), com o presidente do Sinpol, Ciro de Freitas, os vice Luciano Marinho e André Rizzo e apurar os fatos. Também estavam presentes os diretores do Sindicato Warner Brito, Adriano Macedo e Sérgio Barbosa.

Ciro de Freitas relatou que policiais civis têm passado pelo constrangimento de terem descontados valores em suas contas sem que tenham autorizado: “A maioria das reclamações que recebemos são de operações realizadas por unidades correspondentes do BMG. Precisamos que sejam esclarecidos como e porque esses fatos vêm ocorrendo. Além disso, observou-se que sempre próximo a data de fechamento da folha, o número de ligações de representantes do banco oferecendo empréstimos, aumenta consideravelmente”.

Quanto ao acesso aos dados dos policiais, o presidente do Sinpol pediu ao gerente executivo do BMG que verifique como essas foram obtidos, pois são informações restritas de pessoas que lidam diariamente com a criminalidade. “É preciso apurar como essas pessoas tiveram acesso aos telefones dos servidores da PCDF”, solicitou Ciro de Freitas.

Já o vice-presidente Luciano Marinho acrescentou que “os aposentados da polícia civil têm sido vítimas em potencial e que os descontos estão acontecendo indevidamente, alusivos a empréstimos que não foram contraídos ou ainda, o banco dá continuidade às mensalidades de um débito já quitado”.

André Rizzo destaca que “em outros casos, valores não solicitados são depositados na conta do policial, que por sua vez, não sabe do que se trata e acaba por gastar aquele dinheiro, ficando posteriormente, refém do banco. Então observamos que não há qualquer controle sobre essas transações e não podemos permitir que esta situação se perpetue”.

O gerente executivo do BMG garantiu que não há conivência por parte do BMG nestas ações e que a operadora tem sido tão vítima quanto os policiais. “Vamos apurar tudo que está sendo relatado, os correspondentes passarão por auditoria e encontraremos uma solução para o problema. Essas fraudes representam um grande prejuízo para o banco e somos lesados diretamente. Então, temos todo o interesse em investigar. Em breve traremos resposta para todos esses questionamentos”, assegurou.

Eduardo Dominicale disse ainda que não é comum receber ofício de uma entidade do porte do Sinpol com uma denúncia tão grave: “Por isso, viemos pessoalmente verificar o problema e estabelecer uma parceria para que essas denúncias não mais aconteçam”.

Ao final o presidente agradeceu a presença do diretor e da gerente do BMG, destacando que essa atitude mostra o interesse do banco em solucionar a questão.

O Sinpol aconselha que o policial adquira o hábito de verificar mensalmente a prévia de seus contracheques, por meio do Siapenet, e caso percebam algum desconto indevido ou ainda créditos não solicitados em conta corrente, que busquem seus direitos.

Os representantes do BMG informaram uma linha direta para que os policiais possam entram em contato caso sejam vítimas de alguma situação que envolva o nome da operadora: 0800 276 9009, segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

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