O presidente do Sinpol Ciro de Freitas, o vice André Rizzo e o presidente da Feipol – Centro Oeste e Norte, Divinato da Consolação, juntamente com representantes das demais entidades de classe da PCDF e os representantes do governo do DF, os secretários de Estado Wellington Luiz, Sandro Avelar, Wilmar Lacerda e o diretor-geral da PCDF Jorge Xavier se reuniram, nesta segunda-feira (18), no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) com o secretário de Relação do Trabalho, Sérgio Mendonça. Na ocasião, as entidades solicitaram um posicionamento do governo referente à efetivação dos seguintes pleitos dos Policiais Civis: Reestruturação de carreira, aumento do quadro e a transformação/mudança de nomenclatura do cargo de agente penitenciário.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas argumentou que a categoria exige uma resposta clara do Governo Federal, pois está difícil entender a inércia nas negociações entre GDF e Governo Federal. “Desde 2009 insistimos na reestruturação da carreira e até hoje não obtivemos qualquer resposta. A categoria está há mais de três anos sem qualquer reajuste e os salários estão defasados. Aliado a isso, há uma grande sobrecarga de trabalho e o efetivo continua inalterado desde 1993, deixando evidente a necessidade urgente do aumento de quadro. Portanto, queremos que o governo atenda aos nossos anseios de forma emergencial, sob pena da capital da República ser levada a um caos na Segurança Pública”, disse Ciro de Freitas.

O presidente do Sinpol enfatizou ainda a questão dos agentes penitenciários, uma vez que estes são Policiais Civis e devem ter seu espaço preservado e reconhecido no seio da nossa Instituição. “Esses servidores prestaram concurso para ser policiais, e como tais, não podem perder esse direito. Precisamos do trabalho dos agentes penitenciários, assim como precisamos das demais carreiras que compõem a PCDF”, ressaltou.

O vice-presidente do Sinpol André Rizzo foi objetivo ao afirmar que é uma situação lamentável na capital federal existir um efetivo tão baixo de policiais. “O DF deveria ser um referencial não só na elucidação de crimes, função muito bem exercida pelos policiais, mas também no que diz respeito ao quantitativo dos servidores. As negociações são importantes, mas as propostas que trazem melhorias para todos têm de sair do papel. No que se refere à reestruturação da categoria, não podemos mais esperar, fomos pacientes e compreensivos além do que podíamos”, destacou Rizzo.

Durante a reunião, o vice-presidente André Rizzo cobrou também de forma enfática um posicionamento do governo do DF quanto à resolução da questão do plano de saúde, nos moldes do artigo 230, da Lei 8.112/90: “Antes de cobrarmos do Governo Federal a sua parte, o GDF tem de fazer o seu dever de casa, no que se refere ao Plano de Saúde Subsidiado há muito já deveria ser resolvido, pois tal questão depende tão somente da vontade política do governo local. Não irei me alongar no assunto por entender não ser este o foro adequado para tal discussão, no entanto, o GDF não pode mais se furtar à resolução deste problema”.

Já o secretário de Regularização de Condomínios Wellington Luiz reafirmou que mesmo na posição de secretário não abre mão de lutar para que a categoria seja atendida. “Participo como sempre de todo o processo de negociação dessas reivindicações e ressalto que o momento é preocupante, pois se aproxima um período de grande movimentação no Distrito Federal, como a Copa das Confederações e a Copa do mundo de 2014. Os policiais estão se sentindo desmotivados, pois não veem as propostas avançarem”, completou Wellington.

O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar e o diretor-geral da PCDF, Jorge Xavier destacaram o empenho do Sinpol e das demais entidades para que os pleitos sejam efetivados. Além disso, Wilmar Lacerda enalteceu o trabalho dos policiais civis: “São profissionais de altíssima capacitação e muitas vezes são julgados de receberem bons salários. A Polícia Civil há muito deixou de ser referência salarial, estão defasados e precisamos resolver esta situação”.

Após ouvir as explanações, o secretário de Relação do Trabalho Sérgio Mendonça disse que o Governo Federal ainda não definiu um posicionamento concreto em relação à reestruturação da carreira, pois a questão salarial dependerá dos rumos da economia brasileira, mas adiantou que, assim que a presidente Dilma Rousseff retornar do México, da cúpula do G20 (Grupo que reúne as maiores economias do mundo), o tema voltará a ser discutido e uma resposta efetiva será dada à categoria. No entanto, afirmou que não medirá esforços para que o aumento do quadro e a transformação/ mudança de nomenclatura do cargo dos agentes penitenciários sejam atendidos emergencialmente, assuntos reforçados pelo secretário Wilmar Lacerda que informou que outras reuniões poderão acontecer no âmbito do GDF para tratar destas questões.

Sérgio Mendonça deixou agendada uma nova reunião com o Sinpol e demais representantes das entidades classistas para o dia 17 de julho, ocasião em que apresentará a posição do governo.

Também participaram da reunião a diretora de RH da PCDF Ivone Rosseto; o presidente do Sindepo Benito Tiezzi; da Adepol/DF José Werick; da Agepen Marcele Alcântara;o presidente da ABPC Gustavo Dalton; o presidente da Asbrapp, Nilton Pfeifer; o presidente da ABrML Dr. Samuel Ferreira; Silvério Moita do DAG e Cleone Rocha da DOF.

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