A questão do baixo efetivo atinge não apenas a Polícia Civil do DF, mas também outras categorias que atuam em apoio à PCDF, a exemplo dos auxiliares em necropsia que atuam no Instituto Médico Legal (IML). Esses servidores enfrentam péssimas condições de trabalho e têm de se desdobrar para atender a demanda, que cresce a cada dia. Nesse sentido, representantes da Associação dos Técnicos em Necropsia do IML (Asten-DF) estiveram reunidos nesta terça-feira (19), na sede do Sinpol com o presidente, Ciro de Freitas, do vice André Rizzo e também do Secretário de Regularização de Condomínios, Wellington Luiz.

Os auxiliares explicam que o efetivo da carreira é de 150 pessoas, mas apenas 37 estão em exercício, sendo que nove encontram-se com restrições médicas, ou seja, somente 28 técnicos têm de dar conta de todo o trabalho de necropsia no IML. “O mais recente concurso para o cargo foi realizado em outubro de 2011, e o resultado foi homologado em 5 de março deste ano, já com os aprovados habilitados legalmente à espera de nomeação. Mas o Governo não nomeia os candidatos aprovados.

Foi explicado ainda que diversas situações constrangedoras vêm ocorrendo por causa da demora no recolhimento de corpos em residências, vias públicas e hospitais da rede pública e particular.  Segundo Diógenes, o atraso ocorre exclusivamente por falta de pessoal e acarreta uma maior demora na liberação dos corpos. “Portanto, fazemos um apelo ao GDF que nomeie os aprovados e evite a paralisação das atividades pois a categoria já está de assembleia marcada”.

Ciro de Freitas e André Rizzo se mostraram solidários à causa dos auxiliares e afirmam que algo precisa ser feito com urgência: “Esse transtorno alterou a rotina do IML e inclusive está havendo dificuldade na liberação de corpos, o que tem causado um transtorno ainda maior aos familiares das vítimas. Pedimos ao GDF, que assim como temos exigido o cumprimento dos pleitos da PCDF, que dê atenção a essa categoria tão dedicada”, disse o presidente do Sinpol. “Nos solidarizamos e ajudaremos no que for possível, até mesmo porque esta carreira afeta diretamente os trabalhos no IML”, completou André Rizzo.

O Secretário Wellington Luiz, que é o interlocutor da categoria junto ao GDF, disse que esses servidores são essenciais para o bom desempenho do trabalho do Instituto de Medicina Legal e que, caso haja paralisação das atividades, a sociedade e PCDF irão sentir o prejuízo. “Os técnicos estão com uma demanda de trabalho exaustiva e se já o houve a homologação do concurso, porque não chamar essas pessoas e permitir que a população tenha um atendimento mais ágil, principalmente em um momento em estão sofrendo com a perda de seu ente querido”, questiona o Secretário.

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