O Sinpol apresentou proposta ao diretor-geral para reunir os chefes das seções das unidades policiais, em especial os chefes da SicVio (Seção de Investigação criminal de Crimes Violentos), para que estes servidores possam informar de forma direta à Direção Geral os principais problemas que afetam o trabalho de investigação. Nesta terça-feira (20), o presidente do Sinpol Ciro de Freitas e o vice André Rizzo se reuniram com chefes de SicVio e o diretor-geral da PCDF.

Os policiais explanaram sobre vários pontos, destacando em unanimidade o baixo efetivo, problema que deve ser resolvido com urgência, pois segundo os presentes, além do desgaste físico e mental, o baixo efetivo contribui para uma sobrecarga de trabalho, não conseguindo o investigador concentrar esforços em apenas uma investigação, sendo necessárias várias investigações simultâneas, ou seja, muitos casos sendo apurados ao mesmo tempo.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas disse que, em conformidade com a Direção Geral, a entidade pretende fazer com que as reuniões sejam frequentes e abranjam todas as seções que compõem a estrutura da PCDF. “Escolhemos os chefes das seções de forma aleatória para que resumissem as dificuldades da atividade fim, que é a investigação. Nosso propósito é permitir que estes policiais civis relatem diretamente ao diretor as más condições de trabalho existentes nas seções, devido ao baixo efetivo das unidades, em especial os crimes graves (latrocínio, homicídio e roubo, dentre outros), para que busquem soluções efetivas e dêem à sociedade a resposta que ela precisa”, afirmou Ciro de Freitas.

Outro assunto discutido na reunião foi em relação às operações que tiram os policiais civis da sua atividade precípua de polícia judiciária. Neste ponto, o diretor afirmou ter interesse em reduzir ao máximo essas ações e alegou ser convergente com a posição do Sinpol de que retorne a chamada “operação madrugada”, onde os chefes das SicVio tinham o arbítrio de deflagrarem as operações desencadeadas pontualmente para resolver o problema de cada área. “Esta era uma prática com resultado significativo e que preservava a autonomia de cada unidade, por isso é importante que ela volte a ser implementada na PCDF”, ressaltou o vice-presidente do Sinpol André Rizzo.

Quanto à questão de logística e a preparação do material humano da polícia, foi apresentada a necessidade de adequá-la a tecnologias mais modernas do ramo da investigação, como análises de informações e a utilização de equipamentos voltados à inteligência e à persecução criminal. O diretor-geral informou que o processo de aquisição de vários materiais está em andamento como o investimento em novos computadores e uma nova tecnologia de comunicação via rádio / telefonia e, em breve, as unidades receberão esses materiais para o desempenho das atividades. Ainda de acordo com diretor, será feita gestão no sentido de fortalecer as unidades circunscricionais, haja vista serem o cartão de visita da Polícia Civil, já que elas atendem diretamente a população.

Ao final, os chefes das seções louvaram a iniciativa do Sinpol e da Direção Geral em proporcionar essas reuniões que visam melhor operacionalizar as atividades policiais.

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