Devido ao descaso do GDF em cumprir o acordo proposto em abril deste ano, os policiais civis do DF deliberaram optando pela greve geral por tempo indeterminado, em assembleia nesta quinta-feira (27), em frente ao Palácio do Buriti. O Governo do Distrito Federal não atendeu os seguintes itens: aumento do efetivo policial, transformação do cargo de agente penitenciário, plano de saúde subsidiado, pagamento dos passivos financeiros, publicação do decreto de progressão funcional e a recomposição das perdas inflacionárias em 13%.

Durante a assembleia, os policiais decidiram ainda que o acesso ao complexo da PCDF sofrerá triagem durante todos os dias da greve e que o movimento deverá ser realizado de acordo com a cartilha. Também ficou deliberado que o Centro de Condicionamento Físico (Cecof) localizado no complexo, não funcionará durante o movimento. Outra decisão dos policiais é que uma assembleia extraordinária poderá ser convocada a qualquer momento.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas destacou que a categoria não aguenta mais tamanho desrespeito e que a categoria não desistirá de lutar pelos seus direitos: “Não estamos reivindicando nada além do que nos foi ofertado. Acordo é para ser cumprido”, argumentou o presidente.

O deputado Wellington Luiz acrescentou que o Governo Federal também é tão culpado pela greve quanto o GDF, uma vez que não reconhece a autonomia do Executivo local. “Nas próximas assembleias sugiro começar a manifestação em frente ao Buriti e em logo depois seguir para o Ministério do Planejamento”.

AGEPENS – Ficou decidido ainda durante a assembleia que os agentes penitenciários deverão comparecer ao acesso do complexo da PCDF, na segunda-feira (31), ás 15h, para que se apresentem em bloco. Os vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo afirmaram que o retorno dos servidores para o sistema prisional é um absurdo e que as entidades representativas dos policiais civis, incluindo o Sinpol, Sindepo e Agepen irão exigir da administração o fechamento de unidades, devido a falta de pessoal para atendimento da população.

“Já enfrentávamos situação crítica nas delegacias, pois não há policiais em número suficiente para atender a demanda. Agora, com a perda de cerca de 300 servidores, a PCDF enfrentará dias de caos”, afirmou André Rizzo. “Mais uma vez somos vítimas de uma injustiça, mas o corpo jurídico do Sinpol já está preparando ação para reverter esta decisão descabida”, finalizou Luciano Marinho.

CONVOCAÇÃO – O Sinpol solicita a todos os policiais que permaneçam atentos às convocações da entidade e ainda que compareçam ao complexo da PCDF, a partir das 8h de segunda-feira (31) e durante todos dias de greve. No acesso, o Sinpol solicita ainda que os policiais mantenham o distintivo à vista para facilitar a entrada.

A próxima assembléia ficou agendada para o dia 3 de novembro (quinta-feira), ás 15h em frente ao Palácio do Buriti.

 

GALERIA DE FOTOS

Filiação