Conforme deliberado na última reunião com representantes sindicais (4/01), o Sinpol encaminhou ofício ao governador Agnelo solicitando audiência para tratar da reestruturação de carreira dos policiais civis do DF. O Sindicato irá cobrar de Agnelo o cumprimento das propostas assinadas na Carta Compromisso, em 8 de setembro de 2010, como por exemplo, que sejam mantidas as datas de aplicação da reestruturação.

“Estamos aguardando a confirmação da audiência e tão logo o governador nos receba, iremos convocar os representantes sindicais para informar o que foi tratado e, com isso, definir os próximos passos do processo de negociação da reestruturação de carreira”, afirmou o vice-presidente do Sinpol, Ciro de Freitas.

Ciro destaca ainda que conforme entendimento de técnicos do GDF, não pode haver qualquer tipo de questionamento, por parte do Governo Federal, quanto ao envio da mensagem nº 53, uma vez que isto fere a autonomia financeira do DF: “Isso seria uma invasão de competência. E agora, temos um governador legítimo, eleito pelo povo e que pode intermediar em favor do nosso pleito. Além disso, Agnelo faz parte do mesmo grupo político que assumiu o Executivo Federal e com isso, acreditamos que nada mais impeça a concretização de nossa reestruturação”, conclui Ciro.

RETROSPECTIVA – O ano de 2010 foi marcado por intensas negociações no que diz respeito à reestruturação de carreira. O Sinpol conseguiu que a mensagem nº 53 fosse encaminha ao Executivo Federal, em 16 de abril. Contudo, não houve resposta do governo, o que provocou assembleias e paralisações. Os policiais civis acamparam em frente à Casa Civil e mesmo com toda a negociação e apoio de parlamentares, nada foi resolvido e, mobilizada, a categoria decretou greve geral por tempo indeterminado em junho, com o sepultamento da autonomia do DF em frente ao Congresso Nacional. E assim, pela primeira vez, um governador se reuniu com os policiais na sede do Sinpol. Na ocasião, o governador Rogério Rosso se comprometeu em intervir para o encaminhamento da medida legal ao Congresso Nacional. Contudo, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo enviou e-mail ao deputado federal Laerte Bessa, informando a negativa ao pleito da categoria e repassando a questão à nova gestão presidencial.

Em razão do início do processo eleitoral, a luta pela reestruturação da carreira policial sofreu interrupção em seu trâmite, embora durante todo o período de eleições, o Sinpol tenha mantido contatos com autoridades dos governos local e Federal. Imediatamente após as eleições, as tratativas foram retomadas. Em assembleia do dia 4 de novembro, ficou definido que as negociações serão voltadas para o governador eleito do DF. O presidente do Sinpol e deputado distrital, Wellington Luiz, afirmou na ocasião que, com o término das eleições, não existe mais justificativa para que o pleito seja prorrogado. “Não há obstáculos financeiros e políticos, ainda mais com a eleição de um governador e presidente, ambos do PT”.

OBS: O Sinpol reitera a todos os policiais civis, em especial os representantes sindicais, que fiquem atentos às convocações da entidade, seja para reuniões ou assembleias.

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