Fala do presidente do Sindepo, em assembléia geral do Sinpol, no dia 22 de junho de 2007

Mais uma vez, o Sindepo deu mostras de desrespeito ao acordo firmado com relação ao reajuste dos subsídios devidos aos integrantes da PCDF.

Centrado na vaidade sem medidas, não está agindo com a responsabilidade devida quando, abruptamente, começa a defender reajuste diferenciado em discurso contrário a tudo até aqui já acordado, conforme mensagem enviada pelo GDF à Casa Civil. À revelia da categoria, o presidente do Sindepo intempestivamente alega que os delegados não aceitam o reajuste linear, exigindo que seja aplicada a mesma tabela de subsídios da Polícia Federal, afirmando que “possuem atribuições de cargos” que lhes facultam o instituto do aumento salarial diferenciado: dois pesos / duas medidas.

Ora, se assim defendem seus salários, o Sindepo, na pessoa de seu presidente, doravante deve solicitar ao GDF para que sua categoria siga separada nos trâmites que digam respeito aos seus subsídios. Agindo nestes termos, se firmará como representante de uma classe que, no seu entendimento, nutre vontade em caminhar apartada dos interesses de toda a categoria, como ainda terá certificado seu desejo de se ver instalada na PCDF, uma organização sedimentada em divisão de castas, bem ao nível de sociedades e instituições primitivas, há muito tempo já superadas.

Disseminar o conflito interno no afã da autopromoção, só irá transparecer fragilidade organizacional de uma das mais fortes instituições públicas do DF. Já possuímos opositores em demasia, para que energia seja consumida dentro da própria casa em lutas que só desgastam nossa imagem perante o governo local e federal. O destino dos servidores da PCDF não pode ser tratado unilateralmente. A instituição possui organização, administração e representatividade. Permitir atropelos nos moldes propostos pelo Sindepo é entregar as rédeas a quem certamente jogará a carruagem no abismo.

Assim posto e, em razão dos últimos acontecimentos, todo o processo e trâmite dos documentos inerentes ao reajuste devido aos integrantes da PCDF, sofreu interrupção na área federal, no que impediu a edição da medida provisória em tempo hábil para que seja aplicado os novos percentuais nos subsídios de nossos vencimentos para o mês de setembro/2007.

O Sinpol lançará mão de todos os recursos administrativos e políticos para que o acordo confirmado em assembléia geral, e ratificado pelo GDF por meio de mensagem encaminhada à Casa Civil, seja aplicado em sua totalidade. Não abrimos mão do reajuste linear. Quem falar ao contrário, mente e não fala pela categoria. A proposta desta entidade é assembléia geral com indicativo de greve em repúdio ao posicionamento irresponsável do Governo Federal em especial do Ministério do Planejamento.

“NOSSA VITÓRIA SERÁ PROPORCIONAL À NOSSA LUTA”

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