Embora contrariada categoria aceita reajuste diferenciado e decide não fazer greve em respeito à população

Em Assembléia geral realizada pelo Sinpol-DF na tarde desta quinta-feira (20), no Parque da Cidade, os policiais civis do Distrito Federal, que estavam mobilizados em estado de greve desde terça-feira (18), tiveram de aceitar aumento escalonado imposto pelo governo Federal. Mas, conscientes de que a população do DF deve ser resguardada de intrigas políticas, a categoria decidiu por não fazer greve e deixou o Parque da Cidade indignada com a postura do governo Federal e desconfiada do Governo do Distrito Federal.

“Mas isso é só agora, pois os policiais continuarão mobilizados para garantir o que é nosso direito, e a categoria foi madura o suficiente para não penalizar a população entrando em greve pela intransigência do governo Federal e a inconseqüência pela defesa do aumento escalonado feita pelo Sindepo”, declarou o presidente do Sinpol, Wellington Luiz.

Na assembléia, Wellington falou ainda à categoria sobre a reunião com o ministro do Planejamento e Gestão, Paulo Bernardo, que, com discurso pronto, simplesmente ignorou o pedido do Sinpol pelo aumento linear. O ministro foi taxativo ao afirmar que a Medida Provisória só será editada da forma que foi aplicada aos integrantes da Polícia Federal, conforme consta na MP 386/07, e que não daria um centavo a mais à PCDF.

“É difícil imaginar que não estava tudo armado e que não havia orientações para que a reunião transcorresse daquela forma. O ministro foi agressivo e deixou claro que não cederia, apesar de explicarmos que o teto dos subsídios da PCDF, não ultrapassaria o da PF”, destacou Wellington. “Em todos os encontros que tivemos na esfera do governo Federal (Ministério da Justiça e Casa Civil), nunca houve qualquer questionamento sobre o reajuste linear. Mas, de repente, tudo muda e agora somos obrigados a aceitar um acordo mal feito pela PF”.

Os parlamentares Laerte Bessa, Alírio Neto e Milton Barbosa compareceram à assembléia e destacaram que o Sinpol lutou pela categoria até fim. “Wellington foi um vigoroso defensor do aumento linear”, destacou Bessa. “Ele enfrentou o Ministro do Planejamento e o governador para defender os interesses da categoria”, completou Alírio.

BOA NOTÍCIA – Em meio a insatisfação da categoria, o presidente do Sinpol informou que o diretor geral da PCDF, Cléber Monteiro assegurou que até o fim da semana que vem prepara o ato que irá progredir os policiais da 3ª para a 2ª classe, e que irá começar o pagamento dos passivos financeiros, já na folha de outubro.