O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) realizou na tarde desta terça-feira (18), assembléia geral para decidir os rumos a serem tomados para que a Medida Provisória (MP) que reajustará os subsídios seja editada. O ato que aconteceu no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade contou com a participação 3 mil policiais, dos deputados federais, Laerte Bessa e Wasny de Roure, e dos deputados distritais, Alírio Neto e Milton Barbosa.

O presidente do Sinpol, Wellington Luiz, fez uma explanação dos últimos acontecimentos que emperraram a edição da MP. O Sindicato recebeu informação de que o Ministério do Planejamento encaminhou nota técnica ao Governo do Distrito Federal (GDF), somente na sexta-feira (14), afirmando que haveria problemas técnicos na mensagem enviada pelo GDF.

O documento diz que a categoria decidiu pelo reajuste linear nos mesmos moldes da PF. Ou seja, o documento é dúbio, pois a decisão da categoria foi pela linearidade. Além disso, o Ministério do Planejamento alega ainda que a MP não é o meio legal para tratar da mudança de nomenclatura dos Peritos Papiloscopistas e que há previsão de reajuste salarial para Policias Militares e Bombeiros somente para este ano. Isto porque é intenção do governo Federal editar a Medida Provisória da PCDF e a dos PMs e Bombeiros, juntas.

“Ou seja, o GDF pecou em redigir de forma contraditória o documento, mas erro pior foi do governo Federal, que encaminhou nota técnica informando os erros somente no dia 14 de setembro, sendo que a mensagem estava lá desde julho”, afirma Wellington com indignação. Ele acrescenta que se não fosse o bom senso da categoria, os policiais poderiam ter deixado a assembléia em greve. “Isso nos mostra o descaso do governo Federal com a segurança Pública”, afirma o presidente do Sinpol.

Wellington deixou claro que a categoria decidiu por reajuste linear dividido em duas vezes: 8,40% em setembro desse ano, e 14,02% em fevereiro de 2008. “Não abriremos mão de forma alguma”.

Diante isso, a categoria decidiu por nova assembléia nesta quinta-feira (20), às 16h, no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade, onde o presidente do Sinpol irá repassar o posicionamento do GDF sobre o assunto. Quanto ao aumento de quadro, também pleiteado, Wellington Luiz afirma que não há qualquer problema nesse sentido. Estão previstas 3029 vagas para todos os cargos até 2010, mas ele destaca a urgência para os concursos de escrivão e perito criminal.

Wellington Luiz e o vice-presidente, Ciro de Freitas estiveram em reunião com o governador José Roberto Arruda nesta terça-feira (18), às 18h na residência oficial de Águas Claras, (logo após a assembléia). Também participaram do encontro os parlamentares Laerte Bessa, Alírio Neto e Milton Barbosa, o diretor da PCDF, Cléber Monteiro e o presidente do Sindepo, Mauro Cezar.

Durante a reunião com Arruda, tanto o Sinpol (legítimo representante da categoria), na pessoa de Wellington Luiz, quanto os deputados e o diretor da PCDF, defenderam o reajuste linear, que foi decidido em assembléia pelos policiais civis. Mas, na contramão do consenso reinante o presidente do Sindepo, que foi enfático na assembléia do dia 22 de junho, em frente a centenas de policiais, que era a favor do reajuste linear, voltou atrás e foi o único a pleitear o reajuste diferenciado.

Diante do posicionamento “atual” de Mauro Cezar, o governador disse que seria necessária uma reunião com o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo para que fossem colocadas na mesa as duas propostas. Nesta quarta-feira (19), às 18h, o governador, o Sinpol, parlamentares, diretor da PCDF e Sindepo, vão àquele órgão definir os rumos do reajuste.

O Sinpol espera que o bom senso prevaleça e que vaidades desmedidas não sejam levadas em consideração em detrimento de toda uma categoria que faz da Polícia Civil do DF, a melhor do país. O desrespeito e falta de compromisso não podem prevalecer. Não se brinca com uma categoria séria e que trabalha diuturnamente em prol da segurança da sociedade.

Filiação