O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF Wellington Luiz, que esteve reunido com o governador José Roberto Arruda nesta segunda-feira (18), juntamente com o deputado Federal, Laerte Bessa, o Distrital, Alírio Neto, o diretor-geral da PCDF, Cléber Monteiro, o presidente do Sindepo, Mauro Cezar e o vice-presidente do Sinpol, Ciro de Freitas, retornou com a contraproposta do GDF.

Em reunião nesta terça-feira (19) na sede do Sinpol-DF, o presidente do sindicato informou aos mais de 70 representantes das unidades policiais da PCDF, o que foi discutido com o governador sobre o reajuste referente a 2007. Os representantes demonstraram insatisfação, principalmente pelo tratamento diferenciado que o governador quer dar aos servidores da categoria.

“A reunião com o governador teve avanços importantes, mas carece de uma avaliação mais cautelosa da categoria no que se refere ao reajuste nos mesmos patamares da Polícia Federal, como foi proposto por Arruda. Isso abre um precedente perigoso, pois será dado tratamento diferenciado. Vão se tratar os iguais de forma desigual”, afirma o presidente. Ele acrescenta ainda que em 2009, “o Fundo Constitucional, que nos baliza, ficará esquecido, pois o governador já definiu em sua proposta 3% de reajuste nesse ano. Então, será quase impossível abrir uma negociação em 2009”.

Uma sugestão alternativa que pode ser apresentada como contraproposta ao governador é o aumento linear dividido entre esse ano e 2008, sendo 8,40% em 2007 e 23,79% em fevereiro de 2008, tendo como referencia o subsídio atual. “E, em 2009 ficaremos livres para negociar o que for melhor para a categoria”, disse o presidente do Sinpol, mas ressaltando que é a categoria quem decide o que será feito, em assembléia.

O governador deixou claro que, caso seja aceito o mesmo reajuste concedido à PF, com percentuais diferenciados, ele irá progredir os policiais que foram nomeados ano passado, da 3ª para a 2ª classe, pagará as pendências financeiras, realizará o concurso para Técnico Penitenciário (já previsto em Lei), e também concursos para Perito Criminal, Perito Médico Legista, Perito Papiloscopista e Escrivão de Polícia.

“O que tem de ficar bem claro é que o reajuste salarial é uma negociação, sendo passível de flexibilização. As questões mencionadas acima são direitos dos policiais. Não podemos confundir as coisas. Ele tem de cumprir o que a Lei determina”, explica o presidente do Sinpol.

O agente Torquato da 13ª Delegacia de Polícia afirma que o poder de decisão do que é bom ou ruim está nas mãos da categoria. Ele conclama seus companheiros a participarem da assembléia. “O policial que não comparecer estará outorgando o direito do voto a outro. Pois é na assembléia é que será decidido nosso futuro salarial pelos próximos três anos”.

O presidente do Sinpol acrescenta que é importante que os policiais analisem as propostas e reafirma a importância de comparecem à assembléia.

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