O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Wellington Luiz reuniu nesta terça-feira (5) mais de cem representantes das unidades policiais da PCDF para discutir os rumos da recomposição salarial referente a 2007. O encontro foi marcado pelo calor do debate. Os representantes trouxeram para o Sinpol a visão dos policiais de cada unidade da PCDF. Também esteve presente o presidente da Associação de Peritos Criminais, Iremar Paulino e do deputado Federal, Laerte Bessa.

Na próxima semana o Sinpol deverá se reunir com o governador José Roberto Arruda e pleitear o reajuste salarial para 2007 de acordo com a correção do Fundo Constitucional, de 14,14%. Essa proposta prevaleceu sobre as outras, até por ter sido aprovada na última assembléia com toda a categoria. Em seguida, com as repostas do governador o Sinpol irá se reunir novamente com os representantes de unidades policiais e nesse momento definir data para a próxima assembléia geral, que deve acontecer o mais breve possível.

Além disso, outras duas propostas foram colocadas na mesa. Uma que sugere reajuste linear para todas as carreiras, utilizando como referencial o maior percentual aplicado de acordo com os índices da Polícia Federal e; a outra sendo o mesmo reajuste concedido para a PF, mas com índices diferenciados para delegado e peritos (percentuais maiores) e agente, escrivão, papiloscopista e agente penitenciário (percentuais menores).  Hoje um agente recebe 62% de um salário de delegado, e caso a proposta de reajuste da PF prevaleça, esse distanciamento pode ficar ainda maior, o que abrirá perigoso precedente para futuras negociações salariais.

Wellington diz ainda que o momento é complexo, “os policiais têm receios que aquilo que lhe é direito talvez não seja alcançado, gerando dúvidas. Então orientamos aos sindicalizados quais são os melhores caminhos e informamos que a aplicação de percentuais diferenciados pode se tornar uma verdadeira armadilha. Em 2009 a correção do Fundo deve variar entre 16% e 20%, e o aumento previsto nesse ano para a PF é somente de 3%”.

“È fundamental que a categoria perceba as reais intenções do governo Federal e que foram pré-recebidas pelo GDF. Então, temos de ter muito cuidado, estar juntos e respeitar a decisão da maioria. E quem decide o que será feito é a categoria em assembléia geral”, garante o presidente do Sinpol.

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