O presidente do Sinpol-DF, Wellington Luiz reuniu na tarde desta quarta-feira (27) os representantes das unidades policiais para discutir sobre a campanha salarial 2007. Ficou acertado que na próxima assembléia do Sinpol, nesta sexta-feira (29), às 16h, no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade, a categoria pode decidir por paralisação caso o GDF não se posicione.

Também participaram do encontro os vice-presidentes do Sinpol, Ciro de Freitas e Hélio da Chagas, além de toda a diretoria.

Na assembléia do dia 22 de junho a categoria rejeitou a proposta feita pelo governador José Roberto Arruda em conceder o mesmo reajuste dado a Polícia Federal, com percentuais diferenciados. Mais de 3 mil policiais que participaram do ato defenderam a igualdade, ou seja, a proposta do Sinpol pelo reajuste linear, divido em duas vezes: 8,40% em setembro deste ano e 14,20% em fevereiro de 2008. Deixando 2009 para ser negociado somente naquele ano.

Além disso, continuam na pauta os direitos dos policiais reivindicados pelo Sinpol que são: a progressão para a 2ª classe daqueles que foram nomeados equivocadamente na 3ª classe, pagamento das pendências financeiras, realização do concurso para Técnico Penitenciário (já previsto em Lei) e o conseqüente retorno dos agentes penitenciários ao seu órgão de origem (PCDF), e também de concursos para Perito Médico Legista, Perito Papiloscopista, Perito Criminal e Escrivão de Polícia. Esses dois últimos reivindicam ainda um número maior de vagas, pois não conseguem suprir a demanda de trabalho.

PARALISAÇÃO – Wellington Luiz explica que a categoria pode decidir por paralisação diante da demonstração de descaso do GDF. Logo após a assembléia o Sinpol encaminhou ofício ao governador e ao diretor geral da PCDF, informando o resultado do movimento e não houve resposta. Ele afirmou ainda que tanto o Sinpol quanto o deputado federal, Laerte Bessa tentaram entrar em contato com Arruda nesta quarta-feira (27), antes da reunião com os representantes sindicais e nada conseguiram.

O presidente deixa claro que o reajuste nesse momento depende exclusivamente do GDF e que não há qualquer possibilidade de interferência do governo Federal. “O GDF tem plena gestão sobre Fundo Constitucional e o governo Federal faz apenas a análise técnica. Uma vez editada a MP não há qualquer chance de ser alterada”, explica Wellington. A agente Milena do PDF I, lembrou muito bem que ano passado, foi alterada a mensagem inicial enviada pelo GDF, mas com anuência do então governadora.

O agente Pereira, da 16ª DP sugeriu que na próxima assembléia deverá ser fixado prazo para o encaminhamento da mensagem para o reajuste salarial. E pediu ainda que os representantes sindicais se empenhem em convocar todos policias a participarem da assembléia do dia 29. Da mesma forma, o agente Sérgio da Ditran argumentou que os representantes das unidades devem cumprir o solicitado pelo Sinpol que é informar os policiais sobre o andamento das negociações, inclusive visitando os plantões.

Já o agente Torquato da 13ª DP lembrou que todos os policiais civis devem manter sua independência, sem dar preferência a nenhuma corrente política.

SISTEMA PENITENCIÁRIO – O vice-presidente da Agepen, Gonçalves e o agente do Gpoe, Mendonça afirmaram “que o Sinpol fixou prazo até esta sexta-feira (29) para o governador assine o ato que autoriza o processo licitatório para realização do concurso de Técnico Penitenciário. Caso não seja feito, poderão ser desencadeadas paralisações”.

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