O Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) conta com cerca de 270 funcionários, desses 151 são terceirizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e atuam como monitores dos internos. Com o início do novo Governo, todos os contratos foram cancelados e esses monitores continuam trabalhando, mesmo sem receber seus salários, há quatro meses. Em abril, os funcionários ameaçarem paralisar suas atividades no Caje, e na ocasião, obtiveram do GDF a promessa de que resolveria o problema, contudo a situação continua a mesma.

      Com a intervenção do Sinpol-DF, mês passado, o governo pediu aos funcionários que assinassem o contrato de prestação de serviços em meados do mês de abril, porém no documento não consta sequer a assinatura do governo e até o momento, a decisão não foi publicada no Diário Oficial do DF.

      O Caje está fragilizado, não oferece infra-estrutura. Além disso, alguns monitores não estão indo trabalhar, pois falta dinheiro até para pagar a passagem de ônibus. Diante disso, policiais civis que trabalham no local procuram o Sinpol-DF para interceder novamente junto ao GDF em busca de uma solução para o problema. À exemplo da precariedade do Caje, ocorreu semana passada fuga de três internos.

      Segundo o vice-presidente do Sinpol-DF, Hélio das Chagas, a instituição está em estado crítico: “os profissionais que estão no Caje possuem capacitação, são especializados em lidar com os detentos, mas precisam de condições e salários para executar suas funções. A Secretaria de Justiça e Cidadania que foi criada para cuidar dessas situações, não está resolvendo nada”, afirma Chagas.

      O Sinpol-DF pede novamente às Secretarias de Justiça e a de Desenvolvimento Social e Trabalho, a solução dos problemas que se instalaram no Caje e principalmente agilidade no contrato e pagamento dos funcionários.

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