Ato pela nomeação dos aprovados no concurso da PCDF 2019. Foto: Comunicação Sinpol/DF

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) expressa seu total descontentamento com a informação divulgada nesta sexta, 10, pelo Governo do Distrito Federal (GDF), acerca da nomeação de apenas 300 policiais civis dos 1.950 aprovados nos concursos da Polícia Civil do DF (PCDF) realizados em 2019.

Para o sindicato, as 300 nomeações não serão suficientes para cobrir ou amenizar o atual déficit de 62% na corporação, que impacta principalmente os cargos de agente de polícia (3.513 vagas abertas) e escrivão de polícia (682 vagas abertas).

“Apesar da autorização e do orçamento disponíveis para a contratação de 900 profissionais, conforme previsto no Fundo Constitucional do DF (FCDF) de 2023, o GDF recusa-se a cumprir com as contratações previstas para este ano”, afirmou Enoque Venancio de Freitas, presidente do Sinpol-DF.

A nomeação de apenas um terço dos profissionais previstos no FCDF evidencia o descaso do Governo do Distrito Federal com a segurança pública da população do DF. A categoria enfrenta o maior déficit no quadro desde 1996, atingindo 62%.

Com pouco mais de 3.000 investigadores em seus seis cargos, a PCDF não conseguiu acompanhar o crescimento exponencial da população do Distrito Federal.

Segundo informações do Sinpol-DF, não houve nenhum avanço por parte do governo para restabelecer o que foi negociado anteriormente, quando a previsão orçamentária era de 900 policiais civis.

Enoque Venancio de Freitas enfatizou a dificuldade no trabalho de investigação da PCDF devido à sobrecarga de trabalho. “Todos os dias, centenas de ocorrências são registradas diariamente e acabam sem investigação por falta de efetivo. Para a população, a abertura das delegacias 24h tem sido um ‘faz de contas’, pois não há investigadores para dar resposta ao problema”, destacou.

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