Seminário na Câmara dos deputados sobre reajuste salarial e nomeação dos aprovados no concurso. Foto: Comunicação/Sinpol.

Dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil no DF (Sindepo-DF) voltaram a defender nesta segunda, 18, em um seminário na Câmara dos Deputados, a isonomia salarial entre a categoria e a Polícia Federal (PF), além da necessidade de nomeação dos aprovados nos concursos da PCDF.

Até janeiro de 2017, as carreiras da Polícia Civil do DF (PCDF) e da PF recebiam o mesmo valor de subsídio. Dessa forma, as reestruturações e reajustes salariais sempre foram concedidos da mesma forma para ambas as forças de segurança pública, que são polícias judiciárias oriundas do extinto Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP).

Mas, atualmente, a diferença salarial entre as corporações varia de 10% a 23%, dependendo da classe do policial. Com isso, durante o seminário, que surgiu a partir de uma iniciativa do deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos), foram pontuadas todas as necessidades da categoria, e diversos deputados da bancada do DF puderam contribuir para o evento.

Seminário na Câmara dos deputados sobre reajuste salarial e nomeação dos aprovados no concurso. Foto: Comunicação/Sinpol.

Devido à luta pela isonomia salarial da PCDF e da PF, Enoque Venancio de Freitas, presidente do Sinpol-DF, ressaltou a importância da união da bancada do DF na Câmara dos Deputados. “Foi muito importante para que conseguíssemos a manutenção do fundo constitucional, sem ser incluído no arcabouço fiscal, e é disso que precisamos para alcançar a isonomia salarial entre PF e PCDF,” concluiu.

O deputado Gilvan Máximo relembrou que “reajuste não é aumento salarial”, e também enfatizou as principais causas pelas quais vai lutar na área da segurança pública: autonomia do DF para realização de concursos, conforme necessário no quadro; reajuste das forças de segurança; e igualdade no tratamento da PCDF e da PF.

Enoque Venancio, presidente do Sinpol (à dir.), deputado Gilvan Máximo e Cláudia Alcântara, presidente do Sindepo.

No seminário, também estiveram presentes Dênia Coelho, diretora do Sinpol; Tiago Lopes, representante dos aprovados no concurso da PCDF; Anie Rampon, delegada da PCDF e representante do delegado-geral; André Carrara, chefe da assessoria de relações institucionais da Secretaria de Segurança Pública; e os deputados Paulo Fernando e Erika Kokay.

NOMEAÇÕES

Além da luta pela isonomia, a nomeação dos aprovados nos concursos da PCDF foi relembrado por todos presentes, uma vez que, com a defasagem do quadro, existe uma sobrecarga dos atuais policiais. 

Os aprovados que concluíram o Curso de Formação Profissional (CFP) da PCDF e aguardam as contratações totalizam 1950, sendo 1650 para o cargo de agente de polícia e 300 para escrivão de polícia. No entanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) ainda não apresentou um cronograma para as nomeações.

DÉFICIT NA CORPORAÇÃO

Segundo o Sinpol-DF, o déficit de policiais civis nos quadros da ativa da PCDF se aproxima de 60%. A entidade destaca que todos estão trabalhando sobrecarregados há anos e enfrentam desgaste físico e mental devido às jornadas de expediente, plantões e ao cumprimento do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) para manter todas as delegacias abertas 24 horas por dia.

“Apesar dos desafios impostos à nossa categoria, mantemos nosso compromisso com a Segurança Pública do DF e entregamos um dos melhores resultados na elucidação de crimes do país, resultado que poderia ser ainda melhor com a devida recomposição dos quadros. O trabalho de investigação é essencial para os cidadãos, e isso não pode ser negligenciado”, frisou Enoque.

Filiação