Presidente do Sinpol-DF defendeu estabilidade como garantia não do servidor, mas do cidadão | Imagem: Reprodução

Presidentes de sindicatos e associações das carreiras típicas de Estado reuniram-se nesta segunda, 16, com a cúpula da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) para debater as consequências da Reforma Administrativa (PEC 32).

O Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) foi representado pelo presidente Alex Galvão.

Os dirigentes das entidades discutiram estratégias e ações que devem ser desenvolvidas em conjunto para que o texto da PEC 32 seja rejeitado pelo Congresso Nacional.

Uma das primeiras medidas será a divulgação de uma nota conjunta dessas entidades elencando os motivos que justificam a derrubada da proposta, sobretudo pela preocupação com os efeitos drásticos que a reforma provocará no serviço público do país.

Entre os dirigentes sindicais que participaram da reunião, é unânime a tese de que não há transparência nos dados fiscais que, segundo o governo federal, justificariam a Reforma Administrativa. Outro ponto questionado é a falta de discussão do texto com a sociedade.

Dirigentes das entidades acordaram pela elaboração de uma nota conjunta contra a PEC 32
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Entre os policiais de regime civil, segundo Alex Galvão, a preocupação também está na ampliação do número de cargos de livre nomeação (que sairá de seis para mais de 90 mil) e o fim da estabilidade do servidor público.

“Lidamos, constantemente, com crimes na Administração Pública que normalmente envolve pessoas em cargos de livre nomeação”, afirma. De acordo com o presidente do Sinpol-DF, é preciso defender a estabilidade “como uma garantia não do servidor, mas do cidadão porque ele lidará com um profissional que trabalhará de forma independente”.

“Isso é perceptível quando vemos servidores públicos sendo pressionados a aprovar a compra de medicamentos com suspeita de superfaturamento”, completou Galvão.

O dirigente sindical frisou, ainda, que o posicionamento contrário à PEC 32 é de policiais de regime civil de todo o país – e, representados pela União dos Policiais do Brasil (UPB) têm lutado pela rejeição da proposta.

Além da nota que será divulgada nos próximos dias, o grupo também definiu que será realizado um trabalho de articulação junto aos deputados federais e senadores com o objetivo de obter apoio pela rejeição da Reforma Administrativa.

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