Encontro solicitado pelo sindicato ocorreu na Direção Geral da PCDF | Foto: Arnon Gonçalves/Sinpol-DF

Da Comunicação Sinpol-DF

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) participou, na tarde desta segunda, 5, de reunião do Conselho de Administração do Fundo de Modernização, Manutenção e Reequipamento da PCDF (FUNPCDF). Na ocasião, os integrantes do conselho negaram a utilização desses recursos para o treinamento dos servidores com as novas armas Glock 9mm.

O encontro foi solicitado pelo Sinpol, em conjunto com o Sindepo, na última terça, 29, por meio de ofício pontuando que “segundo informações, em razão da falta de orçamento de custeio, a instituição estaria pretendendo promover o curso sem a remuneração dos instrutores”.

Essa intenção acabou confirmada pelos representantes da PCDF. Ainda que uma pequena parcela do montante de R$ 20 milhões disponível no fundo seria necessária para o curso, todos os presentes votaram contra a destinação sugerida pelo Sinpol, único a votar favoravelmente.

O sindicato foi representado pelo presidente Alex Galvão. Também participaram o diretor-geral da Polícia Civil, todos os diretores de departamento da instituição e a Federação dos Conselhos Comunitários de Segurança do DF (Feconseg-DF)

SEGURANÇA

O argumento apresentado pela Direção Geral e seguido pela maioria dos presentes foi de que não se trata de um treinamento, mas apenas uma ambientação com os novos armamentos.

Para o Sinpol, no entanto, independentemente do nome dado, ou mesmo da quantidade de horas, os instrutores não podem ser obrigados a ministrar a habilitação de forma voluntária.

Trata-se de um grande retrocesso, após anos de luta para que esse direito – previsto em lei – fosse reconhecido pela PCDF.

O sindicato ressalta ainda, que a tentativa de simplificar a capacitação apenas com o objetivo de evitar o pagamento das horas-aula aos instrutores poderá comprometer o processo de aprendizagem.

Como as novas armas de fogo serão utilizadas pela totalidade do quadro ativo da instituição, além de comprometer a segurança dos próprios policiais civis, o descuido com o treinamento, potencialmente, colocará em risco toda a população do DF.

ALTERNATIVA

Com o revés, o Sinpol volta a luta para o legislativo. A entidade já se reuniu com o deputado distrital Claudio Abrantes (PDT) e solicitou a destinação de uma emenda para o custeio do treinamento.

A tramitação desse processo, contudo, pode levar um mês. Por isso, o parlamentar também garantiu que enviará um ofício à Direção Geral da PCDF informando sobre a emenda, para que a corporação prepare o treinamento prevendo a remuneração aos instrutores.

 

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