Do G1 DF

Polícia Civil do Distrito Federal cumpre nesta quinta-feira (7) dez mandados de prisão contra mais integrantes do grupo apontado como especialista em furtos de celulares em grandes eventos pelo país – o mais recente sendo a Parada LBGT de São Paulo. De acordo com as investigações, os suspeitos se organizaram ao ponto de planejar viagens só com o intuito de colocar os crimes em prática.

Dois dos alvos já estavam presos em flagrante desde segunda-feira (4), assim que chegou da Parada LGBT. Os mandados agora são de prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado e são cumpridos em Ceilândia e no Recanto das Emas. Também foram autorizadas buscas nas casas dos suspeitos. Ao todo, foram seis meses de apuração.

“A investigação demonstra que os autores se reúnem para planejar os ilícitos, analisando e escolhendo os eventos que poderão lhes trazer mais lucro, inclusive avaliando se a segurança poderia colocar dificuldade à ação delitiva”, relata o delegado Marco Aurélio Vergílio de Souza, da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais.

Segundo o delegado, o grupo tinha um cuidado especial com a logística dos deslocamentos. Compravam passagens de avião, ônibus e até “empregavam” dois motoristas de aplicativo para fazer as corridas em qualquer cidade, em troca de aparelhos furtados. Além disso, buscavam ou comprar ou falsificar a entrada dos eventos em que escolhiam agir, “marcando horário e local para se encontrarem”.

A polícia atribui ao grupo o furto e a tentativa de revenda de pelo menos 90 celulares. Além da parada gay, os criminosos também teriam agido em festivais de música sertaneja em Belo Horizonte (MG) e São José do Rio Preto (SP).

Os alvos vão responder por organização criminosa, furto qualificado e receptação qualificada. Juntos, os crimes preveem até 24 anos de prisão.

 

Filiação