Do Correio Braziliense

O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América divulgou, nessa quarta-feira (10/1), um novo alerta de viagens que coloca quatro cidades do Distrito Federal no nível 2 de risco, que exige maior cautela dos viajantes norte-americanos ao Brasil por conta da criminalidade. Segundo o órgão americano, as cidades de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá devem ser evitadas durante à noite.

A recomendação, principalmente entre 18h e 6h, se dá devido à “crimes violentos, como assassinatos e assaltos à mão armada, que são comuns em áreas urbanas, de dia e de noite”. O alerta ainda ressalta que as atividades do crime organizado são generalizadas no país.

A escala de alerta americana varia de 1 a 4, e o Brasil está na mesma categoria de países europeus como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica, por causa da possibilidade de ataques terroristas nesses países.

Entre as dicas de segurança estão o cuidado ao caminhar ou dirigir à noite, não exibir sinais de riqueza, como o uso de relógios caros ou jóias. Outra orientação do departamento é a de que os estrangeiros no país não reajam a assaltos e evitem pedir ajuda a desconhecidos. Outro item de segurança apontado é o cuidado ao usar o transporte público, especialmente à noite.

A determinação do Departamento de Estado dos Estados Unidos irritou o Governo do Distrito Federal. O GDF emitiu nota de repúdio à recomendação do governo norte-americano na tarde desta quinta-feira (11/1), em que declarou que a segurança nas quatro cidades está “dentro da normalidade”.

Outros locais de risco

A recomendação ainda diz para evitar áreas dentro de 150km das fronteiras terrestres internacionais com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e o Paraguai. Ainda é recomendado que os turistas evitem frequentar favelas, porque nestes ambientes “nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir a segurança”. O documento ainda faz uma menção quanto à praia de Pina, em Boa Viagem, no Recife, local também considerado inseguro.

O Correio entrou em contato com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil para obter mais explicações sobre a formulação da lista e continua aguardando retorno.

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