Wanderlan Paschoali, pai do estudante de Brasília Arthur Paschoali, desaparecido no Perú desde dezembro de 2012, teve amostras de sangue recolhidas para um exame de DNA. A análise vai atestar se o sangue encontrado em uma casa onde o jovem morou são realmente do estudante, como suspeita a família. Dea cordo com o irão de Artur, Felipe Paschoali, as amostras foram coletadas em um laboratório da cidade de Quilla Bamba, a pedido de uma promotoria da Justiça do país.
Investigações particulares feitas pelos familiares de Artur levaram as autoridades peruanas a converter a investigação do caso para delito criminoso e não mais como desaparecimento de pessoa. Assim, uma nova investigação foi aberta há pouco tempo e a polícia acabou encontrando vestígios de sangue na casa do dono do bar para quem o jovem trabalhava antes de sumir.
Segundo Felipe ainda não há previsão sobre um laudo feito a partir do exame.
— A expectativa é de três meses, mas tenho esperança de que o resultado fique pronto antes.
A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) decidiu elaborar uma representação facial do Artur com progressão de idade atualizada por meio de um retrato digital para ajudar nas investigações. Uma Frente Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal também atua no caso e farão uma viagem ao Peru.
Na época em que sumiu, em dezembro de 2012, Artur tinha 19 anos e, até agora, a família segue com poucas notícias. O casal foi até o Peru várias vezes para fazer trabalho de investigação policial com esperança de encontrar o filho. Mas, até hoje, tinha encontrado apenas uma camisa e ficaram sabendo que ele trabalhou em um restaurante da região.
Depois de muita luta para provar que um casebre isolado da cidade pertencia ao ex-patrão de Artur, eles conseguiram que a polícia fosse até o local e jogasse uma substância chamada luminol no local para descobrir se havia manchas de sangue por lá. Isso porque moradores da região relataram ter ouvido gritos do jovem saindo daquela casa.
A família do jovem desaparecido já gastou mais de R$ 200 mil com investigações particulares e tem encontrado dificuldades para continuar, já que o pai dele vendeu a lanchonete que tinha para dar início à busca e segue desempregado durante todo esse tempo. A mãe, que é servidora pública, precisa ficar em Brasília para trabalhar e arcar com os custos do marido no Peru.
Artur Paschoali cursava artes cênicas na UnB (Universidade de Brasília), mas decidiu suspender os estudos para fazer uma viagem de seis meses a fim de conhecer alguns países da América Latina, mas nunca mais voltou para Brasília.
Fonte: R7