Segundo sindicato, cerca de 3,9 mil cargos estão vagos

Policiais civis do Distrito Federal reclamam da falta de efetivo e da demora na nomeação de aprovados no último concurso realizado para o órgão. De acordo com o sindicato da categoria, apenas 55% do contingente necessário está ocupado atualmente.

Uma lei de 1993 determinava que o ideal era ter 5.940 agentes contratados para atender a população da época, que girava em torno de 1,6 milhão de habitantes. Em 2013, a lei 12.803 atualizou o contingente necessário, mas na prática, os números não acompanharam o crescimento populacional. Atualmente, são cerca de 2,8 milhões de habitantes no DF.

O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Renato Rincón, lembra que há profissionais disponíveis para o preenchimento das vagas.

— Nós temos 495 policiais aprovados, prontos para tomar posse. [Eles] fizeram a academia de polícia e estão aguardando a nomeação do governador.

O déficit chega a 3,9 mil cargos. A situação mais crítica são dos médicos legistas, onde apenas 37% dos cargos estão ocupados.

Para atender a população atual do DF, seriam necessários 600 delegados, porém, existem apenas 356. Dos 5.649 agentes previstos na nova lei, somente 3.185 estão contratados. Para agentes penitenciários, dos 800 cargos necessários, 568 estão ocupados.

Rincón alerta também sobre as mais de 500 aposentadorias previstas para este ano e que existe a possibilidade de paralisar as atividades das delegacias no período noturno por falta de agentes.

— Infelizmente, por conta de uma falta de planejamento público, a população pode ser penalizada. Uma delegacia, que deveria trabalhar 24 horas, vai ter que fechar às 18 [horas], porque não há pessoal para manter o atendimento à população. Isso é uma vergonha para a capital do país.

Por meio de nota, a Subchefia de Relações da Casa Civil do DF informou que na semana passada, houve uma reunião com representantes da comissão de aprovados no último concurso do órgão. Um calendário para o início das nomeações está em estudo com o diretor da Polícia Civil, delegado Eric Seba.

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Fonte: R7

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