Por Mino Pedrosa, do site QuidNovi

O cerco da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está se fechando em torno da cúpula do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Brasília. Foi também Alexandre Lopes de Alencar que confessou o esquema de propina no DFTrans envolvendo o presidente do PSB regional, Marcos Dantas, ex-secretário de Mobilidade que buscava o dinheiro sujo para patrocinar sua campanha a uma cadeira na Câmara Federal e também financiar a campanha de reeleição do governador, Rodrigo Rollemberg.

Alexandre Lopes confessa a PCDF que fez parte do esquema de corrupção, endossando a ação policial que fez busca e apreensões na casa do diretor do DFTrans, Léo Carlos Cruz, levou para a cadeia o coordenador de bilhetagem, Harumi Tomonori Honda Júnior e mantém preso o auditor Fiscal da SUFISA, Pedro Jorge Brasil acusado por Harumi de ser o ponta de lança das fraudes milionárias no sistema de bilhetagem no DFTrans.

As revelações de Alexandre Lopes, mostram um esquema de arrecadação fraudulenta no valor de R$ 400.000,00 em dinheiro vivo que poderia subir para um milhão por mês caso um integrante da ORCRIM substituísse Harumi. O interrogado Alexandre Lopes disse que aconteceu uma reunião no escritório do advogado Pedro Godoy em que participaram: Léo Carlos Cruz, Pedro Jorge Brasil, o então secretário das cidades Marcos Dantas e Vinícius Volpon com a pauta de negociação de “quatro cadeiras” (cargos) estratégicos no DFTrans. Quais sejam: diretoria financeira, sala dos cartões de bilhetagem, coordenador de bilhetagem e o nome para substituir Harumi que seria um tal de Gustavo. Marcos Dantas ponderou ao grupo que apenas conseguiria substituir três cadeiras: diretoria financeira, sala dos cartões de bilhetagem e a terceira não se recorda. A cadeira de Harumi, Marcos Dantas asseverou que não poderia substituir tendo em vista que Harumi estava naquele posto por “deliberação expressa do atual governador Rodrigo Rollemberg”.

Outro depoimento revelador foi o do chefe de bilhetagem, Karlon Rodrigues Costa, ao falar do poder da primeira dama, Márcia Rollemberg, no esquema de bilhetagem do DFTrans, ao determinar a montagem do posto móvel para recadastramento na Cooperbrás. Cooperativa de Ronaldo Oliveira, que abocanhou milhões dos cofres do DFTrans. Apesar de a fraude ter sido detectada em outras regiões, apenas, a Cooperbrás foi beneficiada com o posto móvel. A esposa do governador mandava Harumi, homem de confiança do governador Rodrigo Rollemberg, abastecer os cartões da cooperativa, que de pronto sempre atendia a primeira dama.

Karlon Rodrigues disse também em outro depoimento que após as prisões e o afastamento de toda a equipe o governador, Rodrigo Rollemberg, nomeou uma nova equipe que segundo Karlon tentava arquivar processos apagando os rastros deixados pela ORCRIM. Que: “organizando os processos administrativos, que se encontravam na mesa de reuniões da UCBA, localizou dois processos que estariam separados para serem arquivados”. Um dos processo tratava do: “desaparecimento de um cartão MO que estava em poder de FRED, antigo chefe de gabinete do diretor LÈO”. O outro processo era referente ao: “roubo no BRT de Santa Maria, onde foram subtraídos cartões M2 usados para carregar cartões utilizados em cooperativas rurais, sendo que um dos permissionários a utilizar os créditos seria JOSÉ NARCÉLIO da empresa JN RURAL”. Que o superior de Karlon, SÉRGIO MARCONY “determinou para deixar os processos sob seu comando”.

Após o site Quidnovi.com.br revelar com exclusividade no dia 07 de maio o depoimento que Karlon Rodrigues, prestou na COORDENAÇÃO DE REPRESSÃO AOS CRIMES CONTRA O CONSUMIDOR, A ORDEM TRIBUTÁRIA E A FRAUDES – CORF, Karlon foi demitido. Mas, trouxe com ele uma pérola. Um pen drive com documentos inéditos que comprovam o monitoramento da Polícia nas fraudes e planilhas comprometedoras.

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