Reajuste da Polícia não deve sair esse ano (Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil)

Em audiência pública para debater a situação orçamentária da segurança pública, o secretário de Fazenda do DF, Wilson José de Paula, disse que o governo vai remanejar recursos para garantir o pagamento da folha salarial dos servidores da área, mas descartou reajuste salarial para a Polícia Civil neste ano. O debate, mediado pelo Wasny de Roure (PT), reuniu na manhã desta terça-feira (20) representantes das corporações da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar no auditório da Câmara Legislativa.

Wilson de Paula alegou queda no montante dos recursos repassados pelo Fundo Constitucional do DF, mantenedor da assistência financeira das áreas de segurança, saúde e educação. Segundo o secretário, o orçamento do FCDF é de R$ 12,8 bi. Wasny, por sua vez, enfatizou a necessidade de evitar perdas para a área de segurança pública dos recursos oriundos do fundo. Nesse sentido, ele protocolou representação junto à Secretaria de Orçamento Federal (SOF) para garantir que os recursos da segurança estejam detalhados no orçamento para 2018.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, os policiais são a única carreira do DF e da União que não teve recomposição salarial desde 2008. Para ele, isso ocorreu porque os recursos que deveriam ser destinados à segurança foram desviados para outras áreas. O diretor do Departamento de Administração Geral (DGA) da Polícia Civil, Silvério Andrade, disse que a Polícia Civil tem perdido participação no Fundo Constitucional e acrescentou que o quadro de servidores está defasado. Ambos concordam que essa situação causa desmotivação notória na categoria.

Militares – Para o chefe do estado maior da Polícia Militar do DF, coronel Ricardo Yamazak Santiago, a corporação está “tranquila quanto à perspectiva de pagamento” neste ano e anunciou que, em 2018, haverá o ingresso de 50 oficiais e a realização de concurso para policiais militares. Na avaliação do chefe do comando geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Rommel Nascimento, a execução orçamentária daquela corporação é “lenta” no início do ano, mas “eficiente” ao longo do período.

Filiação