476518O presidente do Sinpol Ciro de Freitas e os vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo e o deputado Wellington Luiz estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (19), com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, para tratar do encaminhamento dos pleitos dos policiais civis, entre eles, o reconhecimento dos cargos da carreira Policial Civil do DF como de nível superior. Também estiveram presentes na reunião o diretor da PCDF, Jorge Xavier; os secretários de Segurança, Sandro Avelar e de Administração, Wilmar Lacerda.

A reunião teve início com a explanação do presidente do Sinpol, informando que o GDF solicitou a retomada das tratativas em relação à questão salarial, no que diz respeito à aceitação ou rejeição dos 15,8%, bem como o retorno das discussões sobre o reconhecimento dos cargos da carreira Policial Civil como de nível superior. Ciro esclareceu que desde 1996 é exigido nível superior para ingresso na PCDF e completou: “Os policiais já entram na instituição preparados, muitos com pós-graduação e mestrado, ou seja, são extremamente capacitados, no entanto, não se sentem estimulados com carreira, que é de nível intermediário. Isso afeta diretamente na auto-estima do servidor”. Ciro de Freitas disse ainda que o reconhecimento do nível superior pode significar um salto na carreira da PCDF, a partir do momento que for incrementada esta condição.

Atento ao tema a ser tratado na reunião, o secretário Sérgio Mendonça disse que a demanda é perfeitamente viável. Já o GDF se manifestou por meio do Secretário Wilmar Lacerda, que firmou compromisso em dar seguimento ao pleito, com a condição de que a categoria aceite os 15,8%. Lacerda garantiu que o governador irá encaminhar seu aval ao Governo Federal, já com a minuta de projeto. “Temos uma situação em que os pleitos encontram-se atrelados, a exemplo do que aconteceu com a PRF”, acrescentou Ciro de Freitas. Ficou acertado ainda que caso a Polícia Federal avance nas negociações e obtenha uma proposta melhor que os 15,8%, será estendida aos policiais civis. Foi reafirmado também que não será quebrada a proporcionalidade com o piso do delegado em relação ao teto do agente, nos moldes atuais.

O vice-presidente Luciano Marinho destaca que, com o resultado desta reunião, é imprescindível a presença dos policiais na assembleia desta terça-feira (19), às 15h, no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade, pois somente será encaminhado aquilo que a categoria decidir. Aqueles que quiserem negar ou aceitar a proposta, terão de se fazer presentes. “Não conseguimos aquilo que reivindicávamos, mas a questão do nível superior representa um grande avanço, a partir do momento que favorece o alcance de melhores condições de trabalho no futuro”.

Complementando o assunto, o segundo vice-presidente do Sinpol, André Rizzo afirma que o reconhecimento abre novas perspectivas. “Avançaremos para um outro momento, dando um salto qualitativo imenso, onde a questão salarial, obviamente, passará a ser vista sob uma outra ótica”.

Quanto às demais demandas, o Secretário de Administração disse que a portaria da Secretaria de Administração implementando o plano de saúde subsidiado, deverá ser publicada em breve e que o encaminhamento do projeto de renomeação do cargo de Agente Penitenciário será enviado ao Congresso Nacional também o mais rápido possível, caso a categoria delibere pela aceitação dos 15,8%

O deputado Wellington Luiz disse que esteve presente na reunião com objetivo de ajudar a encontrar uma solução que atenda à categoria. “Sabemos das limitações do GDF e do Governo Federal, mas os policiais têm suas necessidades, e isso precisa ser tratado com muita responsabilidade. E, deixamos claro nesta reunião, que é preciso uma solução urgente. Sabemos que não é fácil, mas que é possível. É necessário que haja boa vontade, pois os policiais estão desmotivados. Isso beneficiará não só os servidores da PCDF, quanto à sociedade”, finalizou.

Também tiveram participação importante na reunião os presidentes das seguintes entidades de classe: do Sindepo, Benito Tiezzi; da Adepol, José Werick; da Asbrapp, Nilton Pfeifer e da Agepen, Marcele Alcântara.

“Nossa vitória será sempre proporcional à nossa luta”

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