Clipping Sinpol-DF 8/1/2013

CORREIO BRAZILIENSE

IML DEMORA 10 HORAS E CORPO DESAPARECE

» ISABELA DE OLIVEIRA

O corpo de um homem de cerca de 30 anos desapareceu, no último domingo, após ser periciado pela Polícia Civil e ficar quase 10 horas no local até a chegada do Instituto Médico Legal (IML). O cadáver estava no Setor Sul do Gama, próximo à área rural conhecida como Morro da Oração, quando foi levado por uma enxurrada e sumiu. Na manhã de ontem, uma equipe de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros foi deslocada para localizá-lo. A polícia desconfia que seja o corpo de um homem desaparecido em Santa Maria desde 25 de dezembro.

Os bombeiros chegaram ao local por volta das 10h20. Pelo menos 20 especialistas em salvamento em terra e mergulhadores foram deslocados para varrer a região. Eles contaram com o suporte de cães farejadores e um helicóptero. O corpo foi encontrado a 400m de onde foi periciado, cerca de 10 minutos depois do início das buscas.

De acordo com o delegado-chefe adjunto da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), Osmar Mendonça de Souza, o local é de difícil acesso e, para chegar, é preciso percorrer quase três quilômetros em estrada de terra, e mais 300 metros a pé. No domingo, moradores da região informaram a delegacia sobre o cadáver por volta das 9h. No entanto, o IML só chegou às 19h para recolher o corpo, que a essa altura já havia desaparecido. Não há iluminação no local, e as buscas precisaram ser adiadas para a manhã de ontem. O delegado justifica que não podia manter policiais no local até a chegada do instituto porque havia apenas quatro agentes no plantão.

“Não tínhamos condição de manter homens lá. Dois dos quatro agentes que estavam de plantão foram destacados para ir até o local, fizeram o levantamento e o acompanhamento da perícia. Solicitamos apoio do Corpo de Bombeiros para remover o cadáver, pois o local é de difícil acesso. Quando eles chegaram com o IML, 10 horas depois, o volume do riacho próximo ao local onde o corpo estava subiu e o arrastou”, explica Mendonça. O delegado admite que houve demora. “Não posso impetrar responsabilidade para apenas um dos agentes. Perícia demorou, IML demorou, tudo demorou. É importante frisar que a morte não ocorreu ali, e que até agora não há crime.”

Revolta

A espera por perícia e agentes do IML é um problema recorrente no DF. No primeiro dia do ano, o corpo de Manoel Joaquim de Souza, 77 anos, foi encontrado na altura do Km 5 da DF-150, em uma parada de ônibus. A perícia demorou quase 12 horas para chegar ao local. Revoltada, a família improvisou um velório e cobriu o corpo do idoso com um lençol. Uma tenda foi instalada para protegê-lo do sol.

O diretor de comunicação social do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) atribui o problema à falta de agentes e ao quadro de pessoal deficitário. “Uma única equipe de peritos atende todos os casos de crimes contra a pessoa no DF. Isso significa que, se a equipe estiver em Planaltina, demorará para chegar a outro crime em Brazlândia, por exemplo”, afirma Andrade.

Segundo ele, os peritos priorizam crimes em que há cadáveres. “A perícia não pode ser feita às pressas. É preciso gastar todo tempo necessário para coletar o material e saber com precisão o que ocorreu com aquele corpo. O Instituto de Criminalística (IC) que atende todo o DF é o mesmo da década de 1990.” Andrade explica que há 200 peritos no DF, divididos em diversas áreas do IC, onde atualmente 41 vagas precisam ser ocupadas. “Quando forem preenchidas, o serviço vai melhorar. Mas, mesmo assim, é pouco para suprir toda a população do DF e Entorno.”

No IML, a situação é semelhante, afirma Andrade. Ele explica que o médico legista atua no IML, enquanto as três equipes de apoio, responsáveis por recolher os corpos, percorrem todo o DF.

AGENTE SUSPEITO DE MATAR NAMORADO A FACADAS ESTARIA EMBRIAGADO

Clara Campoli

Publicação: 08/01/2013 09:50 Atualização: 08/01/2013 12:11

Um agente do presidio feminino do Distrito Federal (Colmeia) matou a golpes de faca o namorado, Edson Teixeira de Carvalho, de 37 anos, segundo a Polícia Civil. O suspeito, que sofre de esquizofrenia, teria misturado álcool com remédio controlado. Ele foi preso em flagrante na Quadra 11 do Gama, por volta das 18h dessa segunda-feira (7/1).

Os dois homens estavam em um bar, na Quadra 2, do Setor Sul, na mesma região administrativa. De acordo com a polícia, eles beberam e discutiram por ciúmes. Após a discussão, eles foram para a casa do agente penitenciário, que teria usado uma faca para dar vários golpes na vítima. No chão, Edson teria ainda zombado do companheiro. O suspeito, então, teria cortado a garganta da vítima.

A Polícia Civil o conduziu o agente penitenciário para a 14ª Delegacia de Polícia (Gama), de onde foi encaminhado para a carceragem.