JORNAL DE BRASÍLIA

 Ponto do Servidor

 AUMENTO PARA POLICIAIS

A Secretaria de Administração Pública, representada pelo secretário Wilmar Lacerda, recebeu, na tarde de ontem, o presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício, e o também deputado distrital, Ailton Gomes, no intuito de debater a questão do reajuste salarial para a Segurança Pública – principalmente em relação aos policiais e bombeiros militares.

 

PROPOSTA ÚNICA

O secretário Wilmar aproveitou a oportunidade para expor o esforço que GDF tem feito para solucionar o assunto. De acordo com o secretário, “o Governo do Distrito Federal não tem medido esforços para tratar do reajuste”. A ideia, de acordo com Wilmar, é “encontrar uma definição para o conjunto da Segurança Pública como um todo, englobando a Polícia Civil, Polícia e Bombeiros Militares, de forma isonômica”.

 

ESTE MÊS

O GDF vem se reunindo com o Governo Federal na busca de um entendimento para o conjunto das categorias da área. Nesse sentido, Wilmar Lacerda prevê o anúncio de uma proposta até o final deste mês.

 

AUDIÊNCIA NA CÂMARA

Ontem, a Comissão do Trabalho promoveu uma audiência pública na Câmara para discutir mudanças no Projeto de Lei 4.371/12, que reajusta o salário de várias carreiras do funcionalismo público federal. O problema é que, em muitos casos, o acordo não foi negociado de forma consensual com todos os sindicatos de uma mesma categoria. Na Polícia Federal, por exemplo, os delegados concordaram com o texto, mas os agentes, escrivães e papiloscopistas não se sentem contemplados.

 

CORREIO BRAZILIENSE

 

LEGISLATIVO »

Agnelo apoia Wasny na chefia da Câmara

» LILIAN TAHAN

» ALMIRO MARCOS

O governo fechou questão. Vai apoiar a candidatura de Wasny de Roure (PT) para a presidência da Câmara Legislativa. A eleição está, a princípio, agendada para o próximo dia 15. Com a definição em torno do nome de Wasny, o atual presidente, Patrício (PT), desistiu do projeto da reeleição e deve assumir, no começo do ano, uma secretaria no Executivo. Ventilado como um dos possíveis concorrentes para disputar a chefia do Legislativo, Agaciel Maia (PTC) pode compor a chapa na condição de vice. É também um nome apoiado pelo governador Agnelo Queiroz (PT). Definidos os cabeças de chapa, os demais distritais buscam acordo entre si para as outras três cadeiras na Mesa Diretora, além das comissões mais importantes.

 

O apoio a Wasny foi anunciado para os integrantes da bancada do PT durante um almoço ocorrido ontem na Residência Oficial de Águas Claras, mas já vinha sendo tratado com Agnelo desde a semana passada. Durante o encontro de ontem, o governador referendou o nome de seu candidato à presidência da Câmara e comentou sobre a possível ida de Patrício para o governo. “Acho que ele tinha de ir para o Executivo, seria uma experiência positiva”, disse Agnelo. Patrício fez charme, disse que precisava de um tempo para pensar. Nos bastidores, no entanto, a ida dele é dada como certa. Uma das possibilidades discutidas é a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).

 

Quem não gostou do arranjo foi Arlete Sampaio (PT). Embora apoie Wasny para a presidência, ela afirma que não sabia sobre as tratativas envolvendo a Sedest, pasta que chefiou até fim de janeiro e onde mantém influência direta com a indicação de Daniel Seidel. “Não só não fui consultada, como acredito que Daniel deve permanecer na Sedest pois faz um ótimo trabalho. Acho que se uma mudança dessas ocorrer, eu deveria ser a primeira a ser avisada”, avalia a distrital. Por outro motivo, o petista Chico Leite também teve interesses contrariados. Ele havia colocado seu nome para concorrer ao cargo de presidente e contava até com o apoio do próprio Wasny. Mas foi preterido. “A bancada do PT e o governador Agnelo entenderam que o meu não era o melhor nome. Resta-me, pela lealdade partidária, acatar a definição. Tentei, fiz a minha parte”, disse Chico Leite.

 

Fiel aliado

Ao ser indicado para a presidência da Câmara pelo governo com a aceitação da bancada petista, Wasny praticamente coloca o pé na chefia do Legislativo. A maioria da Casa é governista e deve seguir a vontade do Palácio do Buriti. Durante quase dois anos, Wasny foi líder do governo no Legislativo. Abandonou essa condição magoado por ter sido escanteado na escolha para conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Paulo Tadeu foi quem ocupou a vaga. O respaldo do governo para Wasny assumir a presidência da Mesa seria uma forma de compensação. Além disso, o petista é considerado um aliado fiel a Agnelo. “Recebi a indicação com responsabilidade e vou iniciar as reuniões com os deputados para saber a reivindicação de cada um dos blocos”, declarou, já como candidato.

 

Cotado para a vice-presidência, Agaciel disse que se sente honrado com a ventilação de seu nome para a chapa da Mesa Diretora. Mas afirmou que o assunto ainda está sendo discutido internamente. E como as tratativas já começaram, representante do terceiro maior bloco na Câmara, Cláudio Abrantes (PPS), avisa que o grupo vai brigar por mais espaço: “Queremos mais do que a Terceira Secretaria e também mais destaque nas comissões”.

 

Proposta engavetada

 

Atualmente o instituto da reeleição não está previsto no Regimento Interno da Câmara Legislativa. Criar essa possibilidade demandaria dos deputados a aprovação de uma emenda à Lei Orgânica, que se daria em dois turnos, com votação de quórum qualificado, ou seja, pelo menos, dois terços dos deputados. Com a desistência de Patrício de buscar a reeleição, a proposta segue engavetada.

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