JORNAL DE BRASÍLIA

 

Ponto do Servidor

ASSEMBLEIA

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) faz hoje, às 15h, na Praça do Buriti, assembleia geral para discutir o encaminhamento dos pleitos da categoria junto aos governos local e Federal.

 

Cidades

CARTEIRADA

Polêmica sobre uso e abuso dessa prática

 

Os questionamentos sobre o uso indevido da carteira funcional de policiais e bombeiros da segurança pública para entrar em casas noturnas e outros estabelecimentos de entretenimento são inúmeros. Conforme denunciada pela matéria “Diversão liberada”, publicada na edição de ontem, do Jornal de Brasília, a contuda, conhecida popularmente como “carteirada”, é frequente nas portas das baladas da capital. Há os que são a favor e os que repudiam esta atitude que causa prejuízos aos empresários e pode resultar em confusão e tiroteios.

O Presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra-DF), Manoel Sansão Alves Barbosa, defende que todos os militares da segurança pública tenham acesso livre aos eventos.

Segundo ele, essa permissão ajudaria a coibir eventuais crimes dentro das casas noturnas, bares e outros tipos de festas. “Policiais e bombeiros são ativos 24 horas por dia. Os donos de casas de show deveriam permitir a livre entrada dos policiais nos eventos. A presença deles evita crimes e o uso de drogas. É uma mais uma segurança”, justifica o militar.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), Luciano Marinho de Morais, a prática de entrar em eventos por meio de carteiradas existe, mas é esporádica. “Pessoas de outras categorias, inclusive de outras forças, têm usado o nome da Polícia Civil para entrar nestes eventos. Todo policial tem que necessariamente deixar registrado o nome na entrada. Entendemos que o uso indevido tem de ser tratado entre quem denuncia e a Corregedoria,” diz o líder sindical.

 

“É trabalho à paisana”

De acordo com o secretário adjunto, Jooziel de Melo Freire, a Secretaria de Segurança tem conhecimento da conduta irregular adotada por alguns servidores. Ele justifica a entrada gratuita de policiais nos eventos alegando que, em determinados casos, os militares estão realizando investigações à paisana e, por isso, necessitam estar sem uniforme e apenas apresentam a identidade funcional.

“Temos legislação que autoriza o acesso de policiais em qualquer evento, mesmo sem estar em serviço, desde que identificados. A lei não pode dificultar o serviço”, explica.

O secretário argumenta que todas as providências cabíveis têm sido adotadas quando os servidores são denunciados por esta prática e, por isso, “os empresários devem denunciar excessos sem medo de represálias”, garante.

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