JORNAL DE BRASÍLIA

 

Do Alto da Torre

 

CAI ADMINISTRADOR DO VARJÃO

Foi demitido ontem o administrador regional do Varjão, Hélio Ferreira das Chagas. Já tem substituto: é José Ricardo do Nascimento, que administrou Santa Maria durante o governo Arruda. Trouxe consigo um novo chefe de gabinete, José Meireles Filho.

 

ELE NÃO VOTOU

Hélio Chagas, o que sai, foi indicado pelo deputado Wellington Luiz. Solidário aos policiais civis, Wellington Luiz deixou a Secretaria de Regularização dos Condomínios e, de volta à Câmara Legislativa, declarou-se em obstrução enquanto permanecer a greve da categoria. Foi por isso que não votou em Paulo Tadeu – que obteve 23 votos, dos 24 distritais – ao ser indicado pelo governador para o Tribunal de Contas do Distrito Federal.

 

META É REDUZIR OS HOMICÍDIOS

Dados da SSP revelam que os sequestros relâmpagos caíram 50%

 

O grande foco de atuação da Segurança Pública, no momento, é a redução no número de homicídios. Na semana passada, a cidade de Samambaia foi destaque negativo nesse sentido, registrando quatro ocorrências. Dos 16 assassinatos computados na última semana, nove foram executados entre 0h de sexta-feira e 23h59 de domingo. As vítimas, com idade entre 18 e 24 anos, representam 75% dos casos e 81% deles tinham antecedentes criminais, entre elas dois adolescentes. Uma morava no Paranoá e outra em São Sebastião.

O diagnóstico foi apresentado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para mostrar o panorama criminológico semanal, registrado entre 0h de segunda-feira, dia 24, e 23h59 de domingo, dia 30. Os números apontam a ocorrência de 16 homicídios, um caso a mais que no mesmo período da semana anterior.

O diagnóstico, de acordo com a secretaria, revela que o Programa Ação Pela Vida, com a participação das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Detran, com apoio da Força Nacional, vem conseguindo manter a média dos registros de crimes contra a vida.

Os dados apresentados pelo subsecretário de Segurança Pública, Jooziel de Melo Freire, indicam também que, além de manter estável o número de homicídios, revelam que os roubo com restrição de liberdade da vítima – conhecidos como sequestro relâmpago –, foram reduzidos em 50% nas últimas três semanas: eram, em média, 12 ocorrências semanais e passaram para seis registros.

Segundo Freire, os números dos homicídios vêm se mantendo estáveis em decorrência da ação da Polícia Militar na apreensão de armas de fogo, cerca de 50 delas por semana. Mais de 90% se encontravam nas mãos de criminosos e, consequentemente, poderiam ser utilizadas para provocar outras mortes na guerra entre grupos rivais.

O subsecretário explicou que o trabalho de investigação da Polícia Civil na prisão de pessoas envolvidas com a criminalidade também contribui com o Programa Ação Pela Vida criado pelo governo para combater a violência. O diagnóstico traçado pelo serviço de inteligência da Secretária de Segurança tem contribuído para que as polícias atuem de forma integrada. “Cada corporação faz operações específicas em determinada área com o objetivo de entender o modo como os criminosos atuam. “Com isso, aumentou o número de prisões e estamos mantendo os índices instáveis”, explicou Freire.

De acordo com ele, a chegada da Força Nacional, realizando barreiras nas rodovias para evitar a evasão de veículos roubados nas ocorrências de sequestro relâmpago, inibiu a ação dos criminosos e acelerou o processo para manter níveis toleráveis de violência. Para o subsecretário, os que atuam fora da lei estão se sentindo acuados depois do início desse tipo de operação policial. Os casos de roubos de carro, levados para o desmanche ou venda na Região Metropolitana, ou enviados para o nordeste, onde eram vendidos por valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil não acontecem mais.

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