113456Os representantes sindicais de base estiveram reunidos nesta segunda-feira (10), na sede do Sinpol para deliberar sobre o descaso do GDF em relação ao acordo com a categoria. O presidente do Sinpol Ciro de Freitas e os vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo explanaram que desde que foi desencadeada a paralisação de 24h, na sexta-feira (7), estiveram reunidos com o Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva e na manhã de hoje com o secretário de Administração, Wilmar Lacerda, mas nada de concreto foi efetivado.

“Alguns encaminhamentos foram dados, mas nada que atenda plenamente a categoria”, afirma o presidente. Ciro de Freitas disse que durante reunião no MPOG foi informado que o decreto de progressão deve ser publicado em breve, “mas, sem objetivar uma data, o que, em tese, deixam as negociações em estaca zero”.  Com relação à reposição das perdas inflacionárias em 13%, os representantes do Sinpol e outras entidades rebateram todos os questionamentos feitos pelo secretário do MPOG e mostraram que existe verba para o pagamento, uma vez que sairá do Fundo Constitucional.

Já com o secretário de Administração, Wilmar Lacerda, em reunião na manhã desta segunda-feira (10), os representantes do Sinpol e entidades questionaram a autonomia do Governador em gerir a Segurança Pública do DF: “Dissemos a ele que se o GDF não possui autonomia, por que propôs o acordo?”, questionou Ciro de Freitas. Lacerda retrucou e garantiu que a questão será resolvida entre o governador e o ministro do Planejamento, sem intermediários. “Realmente esperamos que o governador prove que esta gestão é diferente e que cumprirá o acordo”, completou o presidente.

Além disso, o secretário garantiu a apresentação de cronograma do pagamento de passivos e ainda que, até dia 27 de outubro, será apresentado modelo de plano de saúde: “Ainda não sabemos como será esse plano, mas não admitiremos um modelo inadequado. Nos garantiram que nada seria feito sem nos consultar e assim esperamos”, argumenta André Rizzo.

Outro tema abordado na reunião foi a decisão judicial que determinou o retorno dos agentes penitenciários ao presídio. O vice-presidente Luciano Marinho ressaltou que a PCDF entrará em colapso caso isso aconteça: “É inadmissível tamanho desrespeito com a categoria. Não há como perder essa mão de obra na PCDF. Nosso efetivo já está extremamente reduzido e sem esses policiais, ficará muito complicado. Iremos reagir, pois esta é uma questão de sobrevivência da Polícia Civil”.

O presidente do Sinpol acrescenta que o Ministério Público está focado apenas em um segmento da Segurança que é o Sistema Penitenciário: “O MP está mais preocupado com a segurança do interno, preferindo deixar a população refém de criminalidade”. Dessa forma, a presença dos agentes penitenciários na assembléia será de extrema importância para o encaminhamento das propostas que buscam sensibilizar o governo e garantir o direito dos policiais.

Por fim, o presidente do Sinpol conclamou os representantes sindicais a incentivarem todos os policiais a comparecer à assembléia, nesta terça-feira (11), às 15h, no estacionamento nº 6, pois a união da categoria é que fará a diferença nesse momento.

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