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Falta de palavra de Rollemberg desencadeou paralisação, afirma Sinpol-DF

26/10/2017 11:13

Em agosto, Rollemberg prometeu que retomaria negociações (Foto: Lucas C. Ribeiro/Arquivo Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF A paralisação deflagrada nesta quinta, 26, pelos policiais civis por 24 horas é consequência direta da falta de compromisso do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com a categoria. O governador não tem sequer honrado a própria palavra, pois veio prometendo e reiterando, desde quando era pré-candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF), que manteria a isonomia salarial, legal e histórica, entre a Polícia Civil do DF (PCDF) e a Polícia Federal (PF). Ainda em agosto deste ano, durante uma reunião com dirigentes sindicais, deputados distritais e federais no Palácio do Buriti, Rollemberg voltou a prometer que retomaria as negociações. A condição posta para isso era a aprovação do projeto de lei que alterava a previdência dos servidores. Naquela ocasião, o governador afirmou, ainda, que retomaria o diálogo com a categoria uma semana após a aprovação. No entanto, já se vão dois meses da reunião e um mês da mudança no Iprev. O Sinpol-DF, nesse intervalo de tempo, esteve trabalhando, diuturnamente, por remarcar esse encontro. Porém, Rollemberg não se manifestou. Para o Sinpol-DF, a alegação da falta de recursos, sempre reverberada pelo governador, hoje já não se justifica. Com a questão do Iprev, o GDF terá um incremento no caixa de R$ 170 milhões. Recentemente, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à contribuição patronal ao INSS renderá ao governo distrital um aporte mensal de mais R$ 40 milhões. Outros R$ 320 milhões que estavam retidos pelo governo federal também foram liberados e, além de tudo isso, o Fundo Constitucional terá um incremento de cerca de R$ 600 milhões para 2018. A arrecadação com impostos, conforme já anunciada pelo GDF, também vem melhorando. Mesmo com todo o desprezo e desrespeito de Rollemberg, os policiais civis continuam a fazer o que mais sabem: investigar com excelência e prender bandidos. As operações policiais ocorreram às dezenas, levando à prisão cententas de criminosos que vinham gerando prejuízos sem precedentes aos cidadãos brasilienses. Os  crimes resolvidos vão de latrocínio, homicídio e estupro a estelionato, lavagem de dinheiro e corrupção - nestes casos, destacaram-se no período as operações Patrick, que desmontou o esquema por trás da moeda digital KriptaCoin, e Campo Novo, que investiga contratos firmados pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP). Todo esse trabalho vem sendo desenvolvido de maneira hercúlea pela categoria. Além de lidar com a desvalorização, os policiais civis precisam driblar uma série de dificuldades que se impõem no cotidiano das unidades da PCDF, todas patrocinadas pelo governador: nas delegacias, faltam até materiais básicos como papel e caneta; as viaturas estão sucateadas; nos postos do Instituto de Identificação (II) de todas as unidades do Na Hora os telefones foram cortados por falta de pagamento. Apesar de todas as notícias positivas, tanto no aspecto da melhoria da arrecadação e quanto na prisão de criminosos, Rollemberg continua virando as costas para os policiais civis, deixando de cumprir a própria palavra, afiançada quando ainda era pré-candidato, reiterada durante a campanha eleitoral e, até hoje, não cumprida. As negociações para a manutenção da isonomia ocorrem há dois anos e meio. Os policiais civis estão há sete anos sem reajuste - a categoria acumula uma defasagem salarial de 47% e, ao contrário das demais, não esteve em nenhum dos processos de reestruturação promovidos nos últimos anos pelo GDF e pelo governo federal. Desde o início do mandato de Rollemberg, o Sinpol-DF vem tentando negociar e ouvindo as mais variadas alegações e desculpas - a mais frequente, relacionada à questão financeira, já foi resolvida. Porém, a postura do governador não mudou. Em razão de toda essa conjuntura, não restou outra alternativa aos policiais civis que não fosse essa primeira paralisação.

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